(Foto: Roberto Dziura Jr)
Região metropolitana conectada: obra bilionária entre Mandirituba e São José dos Pinhais atinge nova fase
Com um investimento de R$ 96,8 milhões, a pavimentação de 26,61 km avança para transformar a mobilidade, impulsionar a economia local e valorizar o turismo na Região Metropolitana de Curitiba, atendendo a uma demanda histórica de quase 30 anos.
A aguardada pavimentação da nova ligação metropolitana entre Mandirituba e São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), entrou em uma fase crucial nesta semana: o início da concretagem da via. Com 26,61 quilômetros de extensão, a estrada está recebendo placas de concreto na pista, marcando um avanço significativo que eleva a execução da obra para 20%.
Para garantir a segurança dos trabalhadores e dos usuários durante esta etapa intensiva, foi implementado o sistema de “Pare e Siga” para controlar o tráfego. Enquanto veículos locais – como os de moradores, transporte escolar e ônibus de linha – continuam circulando pela pista direita, os demais condutores são orientados a utilizar o desvio existente.
Esta obra atende a uma demanda histórica de quase três décadas e promete transformar a mobilidade entre os dois municípios, além de impulsionar o escoamento da produção agrícola, o turismo e a atração de novas indústrias para a região. O investimento é de R$ 96,8 milhões, provenientes do Governo do Estado, por meio da Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep).
“Esta obra vai mudar o perfil da região, se tornando uma conexão importante entre Mandirituba e São José dos Pinhais. Ela conecta a BR-116 com a BR-376, oferecendo mais uma opção de tráfego na Região Metropolitana”, afirma o diretor-presidente da Amep, Gilson Santos. “Ela vai refletir no desenvolvimento local, ajudando na atração de novas indústrias, na exploração do turismo, especialmente o rural e religioso, traz ganho de tempo, segurança viária e estimula a agricultura familiar e a economia local”.
Além da concretagem, os serviços de terraplenagem, drenagem e preparação das camadas de base da pista seguem em ritmo acelerado. O projeto ambicioso inclui também a construção de uma ciclovia com 2,5 metros de largura, readequação do traçado viário, nova iluminação e, notavelmente, a preservação de trechos históricos, como o calçamento em paralelepípedo na Colônia Marcelino, em São José dos Pinhais.
Uma obra histórica com múltiplos benefícios
A nova ligação viária começa estrategicamente no trevo da Volkswagen-Audi, na BR-376, em São José dos Pinhais, e se estende até a Rua Gilberto Palu, conectando-se à BR-116, em Mandirituba. Mais do que encurtar distâncias e facilitar o escoamento da produção agrícola, a nova estrada será um motor para o desenvolvimento turístico e econômico de toda a região, beneficiando diretamente municípios do segundo anel da RMC, como Quitandinha, Agudos do Sul, Piên, Campo do Tenente e Rio Negro.
Em São José dos Pinhais, especificamente, a obra trará ganhos significativos para diversas comunidades rurais, incluindo as colônias Cotia, Marcelino, Agaraú e Matos. A comerciante Joice Princival, que reside há 14 anos na Colônia Cotia e possui uma mercearia em frente ao local de concretagem, expressa a satisfação da comunidade:
“Para quem mora e tem comércio aqui, esta obra é gratificante, porque estávamos esquecidos, era pó no comércio e nas casas”, conta Joice. “É uma região em que o turismo rural está crescendo, tem chalés para hospedagem, cafés coloniais e nós, pequenos, também seremos beneficiados. O turista vinha menos antes por causa das estradas, que tinham buraco, barro e poeira, e agora vai ser bem melhor”.
Com previsão de conclusão em 2026, a pavimentação está sendo realizada com a tecnologia de concreto, que garante maior durabilidade e menor custo de manutenção. Essa técnica já é utilizada em importantes rodovias estaduais, como a PRC-280, no Sudoeste, e a Rodovia dos Minérios, também na RMC. O projeto detalhado abrange ainda a ciclovia, readequações no traçado, um sistema de iluminação moderno e a manutenção de elementos históricos que enriquecem o patrimônio local.
