(Foto: Alessandro Vieira/SESA)
Governo do Paraná culpa “fake news” por baixa vacinação em audiência na Assembleia Legislativa
Em audiência na Alep, secretário Beto Preto detalhou a abertura de 151 leitos, mas apontou que cobertura vacinal da gripe em grupos de risco é de apenas 46%.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) apresentou, nesta terça-feira (24), um balanço de suas ações na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), com foco no enfrentamento às Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG). A principal estratégia para lidar com o aumento de casos, especialmente no público infantil, foi a ampliação da rede hospitalar. Até o momento, o estado viabilizou a abertura de 151 novos leitos, sendo 59 de UTI, distribuídos em municípios estratégicos como Cascavel, Ponta Grossa e Campo Largo.
Alerta contra fake news e o pelo pela Vacinação
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, fez um alerta contundente sobre a baixa adesão à vacinação contra a gripe, principal medida de prevenção. A cobertura vacinal entre os grupos prioritários no Paraná está em apenas 46,87%. Ele atribuiu parte da recusa à desinformação. “Infelizmente, temos notado uma certa recusa pela vacinação que é turbinada pela disseminação de mentiras. É nosso papel combater isso e reforçar a segurança e a importância da vacina”, afirmou.

Metas superadas e avanços na gestão
Apesar dos desafios sazonais, a prestação de contas revelou que a Sesa superou diversas metas anuais já no primeiro quadrimestre de 2025. A cobertura da Atenção Primária à Saúde, porta de entrada do SUS, atingiu 93,92%, superando o alvo de 92,5%. Outros destaques foram o índice de triagem neonatal em recém-nascidos (96,05%, acima da meta de 95%) e a manutenção de 100% de cobertura do SAMU em sua área de atuação.
Investimentos e redução da fila de cirurgias
Os resultados positivos também foram impulsionados por fortes investimentos. A Sesa já empenhou R$ 2,5 bilhões em recursos na área este ano. Um dos programas de maior impacto, o Opera Paraná, recebeu R$ 174 milhões e conseguiu reduzir em 31% o número de pessoas que aguardavam na fila por cirurgias eletivas há mais de um ano, um avanço significativo para a saúde dos paranaenses.