(Foto: Divulgação PCPR)
Polícia Civil apreende equipamentos de médico em caso de pornografia de vingança em Curitiba
Ação da PCPR no bairro Mercês cumpre mandado de busca e apreensão contra suspeito de divulgar vídeos íntimos da ex-namorada.
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) realizou nesta quinta-feira (26) uma operação no bairro Mercês, em Curitiba, que resultou na apreensão de notebooks e um celular na residência de um homem de 35 anos. O indivíduo, que é médico, está sendo investigado pelo crime de divulgação de imagens íntimas de sua ex-namorada, prática comumente conhecida como pornografia de vingança ou revenge porn.
A apuração teve início após a vítima registrar um boletim de ocorrência no final de 2023, alertando sobre a circulação de conteúdos íntimos não autorizados em plataformas de conteúdo adulto.
Detalhes da operação e evidências
Segundo o delegado da PCPR, Thiago Soares, as diligências investigativas foram extensas e contaram com a cooperação de plataformas digitais sediadas em outros países. “Por meio de diversas diligências, foi possível identificar o ex-namorado da vítima como o responsável pela divulgação do material”, afirmou Soares.
Diante das evidências coletadas, a PCPR solicitou ao Poder Judiciário um mandado de busca e apreensão, que foi prontamente deferido. Os equipamentos eletrônicos apreendidos no local serão submetidos a perícia técnica, para aprofundar as provas contra o suspeito.

Gravidade do crime e penalidades
O delegado ressaltou a seriedade do crime de pornografia de vingança, enfatizando o profundo sofrimento que ele causa às vítimas. “Trata-se de um crime que causa intenso sofrimento à vítima, geralmente mulher, posto a grande capilaridade e velocidade de propagação das informações na internet, trazendo danos por muitas vezes irreversíveis”, completou Soares.
A PCPR faz um alerta importante: a divulgação não autorizada de cenas íntimas por quem mantém ou manteve uma relação de afeto, ou com a intenção de vingança ou humilhação, é considerada crime. A pena prevista em lei varia de 1 a 5 anos de reclusão, podendo ser aumentada em 1/3 a 2/3, dependendo das circunstâncias.