A voz dos moradores: o futuro das bacias hídricas da RMC está sendo decidido em oficinas públicas

A Voz dos Moradores: O Futuro das Bacias Hídricas da RMC Está Sendo Decidido em Oficinas Públicas

(Foto: Thays Poletto)

A voz dos moradores: o futuro das bacias hídricas da RMC está sendo decidido em oficinas públicas


Oficinas participativas definirão as regras de ocupação e conservação de áreas que garantem 87% do abastecimento da RMC; discussões seguem até agosto.

O futuro da água que chega às torneiras de mais de 3 milhões de pessoas na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) está sendo decidido agora. Desde segunda-feira (7), uma série de oficinas participativas está reunindo moradores, prefeituras e especialistas para criar os novos planos de manejo de cinco Áreas de Proteção Ambiental (APAs) estratégicas.

Essas áreas, que abrigam os rios Iguaçu, Passaúna e Piraquara, são responsáveis por 87% de toda a água consumida na Grande Curitiba, e a definição de suas regras de uso é vital para garantir a segurança hídrica da região.

Equilibrando desenvolvimento e preservação

Conduzidas pela Sanepar, pelo Instituto Água e Terra (IAT) e pela Agência de Assuntos Metropolitanos (Amep), as discussões buscam um equilíbrio delicado. As APAs são unidades de conservação que permitem atividades como agricultura, comércio e moradia.

O objetivo dos novos planos de manejo é criar um zoneamento claro, definindo o que pode e o que não pode ser feito em cada área para permitir o desenvolvimento das cidades sem comprometer a qualidade e a quantidade dos mananciais. “Cuidar dos mananciais faz parte de vencer o desafio de abastecer uma população que não para de crescer”, afirma o diretor de Meio Ambiente da Sanepar, Julio Gonchorosky.

A Voz dos Moradores: O Futuro das Bacias Hídricas da RMC Está Sendo Decidido em Oficinas Públicas
(Foto: Thays Poletto)

A voz da comunidade na construção das regras

O grande diferencial do processo é a participação popular. Em vez de regras impostas de cima para baixo, os planos estão sendo construídos em conjunto com quem vive e trabalha nessas áreas. “Essa forma de trabalhar dá voz à população para a construção de instrumentos que normatizam como vai se dar a ocupação e os usos desses territórios”, explica o geógrafo do IAT, André Fialho Eiterer.

Rozalina Anacleto, presidente da Associação de Moradores das Nascentes do Rio Pequeno, comemora a iniciativa: “É a primeira vez que participo. A intenção é preservar, mas as pessoas podem tirar seu sustento da floresta sem prejudicar a terra e a água”.

Agenda de oficinas

As oficinas continuarão até o dia 22 de agosto, passando por diferentes municípios da RMC. A participação é focada em representantes de associações e moradores previamente identificados, mas as discussões são um marco para o futuro de toda a região.

  • APA Pequeno: 7, 8, 23, 24 e 25/7 – em São José dos Pinhais
  • APA Rio Verde: 9, 10, 30 e 31/7; 01/8 – em Araucária
  • APA Iraí: 14 e 15/7; 6, 7 e 8/8 – em Quatro Barras
  • APA Passaúna: 16 e 17/7; 13, 14 e 15/8 – em Araucária
  • APA Piraquara: 20 e 21/7; 20, 21 e 22/8 – em Piraquara

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