(Foto: Jonathan Campos)
Exportação de carne suína do Paraná bate recorde histórico de 28 anos
Com 110,7 mil toneladas no semestre, estado se consolida no mercado internacional; boletim da Seab também mostra avanço na safra de cevada e impactos da geada nas lavouras de milho.
O agronegócio paranaense alcançou um marco histórico no primeiro semestre de 2025. O estado registrou o melhor resultado em exportações de carne suína desde 1997, quando a série histórica começou a ser medida. Foram embarcadas 110,7 mil toneladas, um volume 39,4% maior que no mesmo período do ano passado e que supera o recorde anterior, do segundo semestre de 2024.
O desempenho foi impulsionado pelo aumento das compras de parceiros como Hong Kong, Uruguai e Argentina, consolidando o Paraná como um grande fornecedor global.
Proteína animal: frango se recupera, boi estável e ovos em baixa
O boletim semanal do Deral mostra um cenário misto para as outras proteínas. A exportação de carne de frango brasileira começa a se recuperar do impacto da influenza aviária, com alta de 5,1% no faturamento semestral.
No mercado de carne bovina, a cotação da arroba paga ao produtor está em queda, mas a concorrência com outras carnes mantém o preço estável para o consumidor. Em contrapartida, as exportações de ovos do Paraná registraram redução nos primeiros cinco meses do ano.

Grãos de inverno: cevada avança, milho sente a geada
Nas lavouras, os produtores de cevada estão otimistas. O plantio já atingiu 90% da área, que cresceu 20% neste ano, e a expectativa é de uma colheita 43% maior que a do ano passado. Já a segunda safra de milho sentiu o impacto das geadas do final de junho. Embora a colheita esteja adiantada (29% da área concluída), a qualidade das lavouras que ainda estão no campo piorou, com um aumento no percentual de plantações em condições ruins.
Impacto no bolso: o sobe e desce das hortaliças
O clima frio e as geadas também influenciaram os preços das hortaliças para o consumidor. Na Ceasa de Curitiba, produtos mais sensíveis ao frio e com oferta reduzida, como a alface, o chuchu e a couve-flor, registraram alta nos preços na última semana. Por outro lado, itens como a batata-salsa e a cebola, cujo abastecimento se manteve estável, tiveram queda nos valores, mostrando como o clima no campo afeta diretamente a feira na cidade.