(Foto: Divulgação SEDEF)
Com foco na integração, Paraná lança programa de R$ 10 milhões contra a dependência química
Edital vai financiar 480 vagas em comunidades terapêuticas e une as áreas da Saúde, Segurança e Assistência Social em uma nova rede de acolhimento em todo o estado.
Uma nova rede de apoio e acolhimento
O Governo do Paraná lançou, nesta segunda-feira (14), um novo programa para o tratamento de pessoas em situação de dependência química. Com um investimento anual de R$ 10 milhões, o Programa de Acolhimento e Assistência Psicossocial irá financiar 480 vagas de acolhimento temporário em instituições e comunidades terapêuticas sem fins lucrativos.
O objetivo, segundo o secretário do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni, é “oferecer condições reais de recuperação e reintegração social para quem sofre com a dependência química, além de apoiar suas famílias”.
A estratégia integrada: saúde, segurança e assistência social
O grande diferencial do programa é a sua abordagem intersetorial, que une as secretarias da Saúde (Sesa), Segurança Pública (Sesp) e Desenvolvimento Social e Família (Sedef) em uma rede de serviços. Para o secretário da Segurança, Hudson Teixeira, a iniciativa é uma forma de prevenção. “Precisamos deste trabalho complementar para atuarmos não apenas nos efeitos, mas nas causas.
Com este edital, diminuímos o trabalho da Segurança Pública”, afirmou. A medida visa garantir um acolhimento completo, que vai da intervenção terapêutica ao fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.

Quem pode ser atendido e como as instituições podem participar
As vagas de acolhimento são destinadas a pessoas maiores de 18 anos, em situação de vulnerabilidade, que expressem voluntariamente o interesse em receber o tratamento e sejam encaminhadas pela rede oficial de saúde ou assistência social.
Já as instituições e entidades interessadas em oferecer o serviço deverão se credenciar por meio do edital lançado pela Sedef. Entre os critérios, estão a comprovação de estrutura física adequada e a apresentação de um plano terapêutico elaborado por uma equipe multiprofissional.
Apoio para a reintegração
O programa também prevê um olhar para o futuro dos acolhidos. O secretário da Justiça e Cidadania, Valdemar Bernardo Jorge, destacou que a iniciativa reconhece o trabalho de longa data das entidades e que o próximo passo é fortalecer a reintegração social.
“Agora, vamos assumir um compromisso de ajudarmos as pessoas a encontrarem trabalho na vida pós este tratamento”, afirmou, sinalizando futuras ações para a empregabilidade dos recuperados.