A violência dentro de casa: em 24 horas, PCPR prende avó, padrasto e parentes por estupro no Paraná

A violência dentro de casa: em 24 horas, PCPR prende avó, padrasto e parentes por estupro no Paraná

(Foto: Fabio Dias)

A violência dentro de casa: em 24 horas, PCPR prende avó, padrasto e parentes por estupro no Paraná


Casos recentes em Campina da Lagoa, Curitiba e Maringá expõem a trágica realidade do estupro de vulnerável, crime em que a maioria dos agressores pertence ao círculo familiar da vítima.

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) realizou, nas últimas 24 horas, uma série de prisões em diferentes regiões do estado que jogam luz sobre uma das formas mais cruéis de violência: o estupro cometido dentro do círculo familiar. Em operações distintas em Campina da Lagoa, Curitiba e Maringá, foram presos avó, padrasto e outros parentes, todos acusados ou já condenados por crimes sexuais contra crianças e adolescentes de suas próprias famílias. As ações reforçam a prioridade da polícia no combate a esse tipo de crime e a importância da denúncia para quebrar o ciclo de silêncio e abuso.

Ofensiva da PCPR: prisões por estupro em todo o Estado

As operações, deflagradas entre quarta (1º) e esta quinta-feira (2), mostram a atuação contínua da PCPR na investigação desses crimes. Em Campina da Lagoa, foram presos preventivamente a avó materna de uma criança de 5 anos, o companheiro dela e o padrasto da vítima. Em Maringá, foi preso um homem de 34 anos, condenado a 16 anos de prisão por estuprar a cunhada dos 11 aos 13 anos. E em Curitiba, foi capturado um foragido de 61 anos, também parente da vítima, condenado por um estupro de 2013.

Estupro de vulnerável: um crime silencioso com penas severas

A maioria dos casos se enquadra no crime de estupro de vulnerável, definido pelo Artigo 217-A do Código Penal. Este crime ocorre quando há prática de ato sexual com menor de 14 anos. A lei é clara: nesta situação, o consentimento da vítima é irrelevante, e o ato é sempre considerado estupro. A pena é uma das mais severas do código, variando de 8 a 15 anos de reclusão. É um crime que, infelizmente, ocorre majoritariamente dentro de casa, cometido por pessoas de confiança da vítima.

A realidade no Paraná: a maioria dos agressores é conhecida da vítima

Os casos desta semana refletem uma trágica estatística. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e da Secretaria de Segurança do Paraná, em mais de 75% dos casos de estupro de vulnerável registrados no estado, o autor é um parente (pai, padrasto, avô, tio) ou uma pessoa próxima ao convívio da criança, como amigos da família ou vizinhos. Os números mostram que o maior perigo, na maioria das vezes, não está na rua, mas dentro do ambiente que deveria ser o mais seguro.

A importância de quebrar o silêncio: como denunciar

A polícia reforça que a denúncia é a ferramenta mais poderosa para interromper o ciclo de abuso e garantir que os agressores sejam punidos. No caso de Maringá, por exemplo, o crime só foi registrado anos depois, quando a vítima já tinha 16 anos. É fundamental que vizinhos, professores, amigos e outros familiares que suspeitem de algo denunciem.

  • Para denúncias anônimas: Disque 197 (Polícia Civil) ou 181 (Disque-Denúncia).
  • Para emergências (crime em andamento): Ligue para a Polícia Militar no 190.
  • Direitos Humanos: O Disque 100 também é um canal para denúncias de violações contra crianças e adolescentes.
A violência dentro de casa: em 24 horas, PCPR prende avó, padrasto e parentes por estupro no Paraná
(Foto: Fabio Dias)

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Com informações de Agência de Notícias da Polícia Civil do Paraná

Alfredo R. Martins Jr. é jornalista e a voz principal do Jornal O Paranaense. Formado em Comunicação Social com especializações em Marketing e Gestão de Comunicação, possui mais de 17 anos de experiência na análise do cenário paranaense. Sua missão é traduzir a complexidade da política, economia e cultura do estado em informação clara, acessível e relevante para o leitor.
Alfredo R. Martins Jr.

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