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A revolução silenciosa: pequenos negócios faturam R$ 67 bilhões e redesenham o e-commerce nacional
Estudo do governo federal mostra que micro e pequenas empresas já respondem por 30% do e-commerce nacional; no Paraná, setor de plásticos, móveis e acessórios de moto se destacam.
As micro e pequenas empresas (MPEs) brasileiras protagonizaram uma verdadeira revolução no comércio eletrônico nos últimos cinco anos. Um novo estudo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) revelou que as vendas online deste segmento saltaram de R$ 5 bilhões em 2019 para R$ 67 bilhões em 2024, um crescimento espantoso de quase 1.200%. Com isso, os pequenos negócios já são responsáveis por 30% de todo o e-commerce nacional, que movimentou um total de R$ 225 bilhões no ano passado.
O cenário em números: o que os brasileiros compram online
O painel do MDIC, que utiliza dados da Receita Federal, mostra que, no geral, os produtos mais vendidos pela internet no Brasil em 2024 foram aparelhos de telefonia celular, livros e refrigeradores. No entanto, o recorte das micro e pequenas empresas mostra um perfil de vendas diferente, com destaque para nichos específicos. Para as MPEs, os produtos mais vendidos foram obras de plástico, suplementos alimentares, livros e acessórios para motocicletas, demonstrando a diversidade e a especialização dos pequenos empreendedores.
E no Paraná? Plásticos, móveis e geladeiras lideram
O Paraná, localizado na segunda região que mais vende e compra pela internet no Brasil (a Região Sul), reflete essa diversidade. Considerando o total de vendas online do estado, os produtos com maior faturamento são geladeiras, obras de plástico e livros. Já quando o foco são apenas as micro e pequenas empresas paranaenses, os destaques de vendas são obras de plástico, acessórios para motocicletas e móveis de madeira, mostrando a força da nossa indústria de transformação e de nichos específicos no ambiente digital.
Análise do Governo: pandemia e retomada econômica
Segundo Uallace Moreira, secretário do MDIC, o crescimento expressivo do e-commerce foi impulsionado inicialmente pela pandemia, mas se sustentou e acelerou devido à forte recuperação da economia brasileira a partir de 2023. Ele atribui o bom momento a políticas do governo federal, como a valorização do salário mínimo e a isenção do Imposto de Renda. “Quando você tem crescimento e distribuição de renda, você fortalece o poder de compra dos trabalhadores”, afirmou Moreira durante a apresentação dos dados.
