(Foto: Tomaz Silva)
Boletim InfoGripe divulgado ontem (sexta-feira, 26) indica que 13 estados e o Distrito Federal estão em níveis de risco para Síndrome Respiratória Aguda Grave, com tendência de crescimento de casos nas últimas semanas.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) emitiu um alerta sobre o aumento da incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em diversas regiões do Brasil. De acordo com o último Boletim InfoGripe, divulgado ontem (sexta-feira, 26), 13 estados do país, além do Distrito Federal, encontram-se em níveis de alerta, risco ou alto risco para a ocorrência de SRAG. Nestes locais, a análise das últimas seis semanas aponta para uma tendência de crescimento no número de casos, e em todo o país, houve também um aumento nas hospitalizações causadas pelo vírus Influenza A, conhecido como vírus da gripe. A análise do boletim refere-se ao período de 13 a 19 de abril.
Estados em alerta para SRAG
Segundo o boletim da Fiocruz, os estados com as maiores incidências de Síndrome Respiratória Aguda Grave são Acre, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo. Nestas unidades da federação, a situação inspira atenção devido à tendência de alta nos registros de SRAG nas últimas semanas.
Cenário da influenza A e outros vírus
O boletim InfoGripe chama a atenção, em particular, para o aumento das hospitalizações decorrentes da infecção pelo vírus Influenza A no agregado nacional. Entre os estados, o Mato Grosso do Sul apresenta o cenário mais crítico em relação à Influenza A, com uma incidência considerada muito alta de hospitalizações pela doença.
A alta geral de casos de SRAG observada no país, conforme apontado pelo boletim, tem sido impulsionada majoritariamente pelo aumento das hospitalizações de crianças pequenas devido ao vírus sincicial respiratório (VSR). Em menor volume, também contribui para o cenário o crescimento de hospitalizações de crianças mais velhas e adolescentes de até 14 anos infectados por rinovírus.
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas analisadas pelo boletim, a prevalência entre os casos positivos de SRAG viral foi a seguinte: 56,9% para o vírus sincicial respiratório (VSR), 25,5% para Rinovírus, 15,7% para Influenza A, 3,9% para SARS-CoV-2 (vírus da covid-19) e 1% para Influenza B.
Prevalência em óbitos
O boletim InfoGripe também apresentou dados sobre a prevalência de vírus em óbitos registrados com testes positivos para doenças respiratórias. Nestes casos, a distribuição viral foi: 35,7% para SARS-CoV-2 (covid-19), 30,4% para Influenza A, 16,1% para Rinovírus, 10,1% para vírus sincicial respiratório (VSR) e 3,6% para Influenza B.
Agência Brasil