(Foto: Marcelo Camargo)
Ministro da Fazenda cita reservas cambiais, supersafra e saldo comercial como garantias econômicas.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou nesta sexta-feira (11) a sua visão de que o Brasil possui um “colchão de proteção contra turbulências externas”. Segundo o ministro, o país está bem posicionado para enfrentar possíveis impactos decorrentes de taxações implementadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, graças às suas reservas cambiais, ao bom desempenho da balança comercial e à expectativa de uma supersafra agrícola.
Garantias contra crises externas
Haddad lembrou que, assim como em crises passadas, como a de 2008, o Brasil agora conta com um saldo comercial robusto, estimado entre US$ 75 bilhões e US$ 95 bilhões. Além disso, o país possui mais de US$ 300 bilhões em reservas cambiais.
Comércio global e independência financeira
O ministro destacou que o Brasil mantém relações comerciais com diversos países ao redor do mundo e tem buscado ativamente a abertura de novos mercados desde o início do governo do presidente Lula. Ele enfatizou que o Brasil se encontra em uma situação de independência financeira, afirmando que o país “não deve nada para ninguém”.
Experiência em superar turbulências
Haddad reiterou que, desde que quitou sua dívida externa, acumulou saldo comercial positivo e mantém reservas cambiais significativas, o Brasil construiu um “colchão de proteção” capaz de defendê-lo de turbulências econômicas globais, como já demonstrado em 2008 e, possivelmente, no cenário atual.
Oportunidades em meio à crise
Apesar da incerteza em relação aos efeitos do aumento de tarifas internacionais, o ministro da Fazenda avalia que essa situação pode, de alguma forma, impulsionar as exportações brasileiras e acelerar a concretização do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia.
Posição estratégica do Brasil
Haddad acredita que o Brasil se encontra em uma posição privilegiada, uma vez que tem aumentado suas exportações para os três principais blocos econômicos mundiais: Estados Unidos, União Europeia e China. Ele também mencionou o acordo de livre comércio já firmado com a União Europeia, expressando a expectativa de que ele seja acelerado em função do atual contexto global.
Alerta sobre cenário global
Embora otimista em relação à capacidade do Brasil de superar desafios externos, o ministro Haddad alertou que, em um cenário de deterioração da economia global, as consequências seriam negativas para todos os países.
Possível impacto no PIB
O ministro admitiu que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro pode vir a sofrer algum impacto em decorrência do atual cenário econômico mundial e dos movimentos de taxação internacional.
Projeções para a economia brasileira
Apesar das possíveis turbulências, Haddad mantém a estimativa de que a economia brasileira deve encerrar o ano com um crescimento de 2,5%. Ele também acredita que a inflação poderá retornar a patamares mais adequados ao longo do ano.
Declarações à imprensa
As declarações do ministro Fernando Haddad foram feitas durante uma entrevista concedida à BandNews TV.
Agência Brasil