Cevada em alta: Paraná projeta recorde de 413,8 mil toneladas em 2025

campo cevada

(Foto: Jaelson Lucas)

Com previsão de 94,6 mil hectares plantados e 413,8 mil toneladas produzidas, o Estado alcança a maior área semeada e contribui para reduzir a importação de cevada para maltarias.

A cultura da cevada, tradicional cereal de inverno, está em fase inicial de plantio no Paraná e a previsão é que o Estado atinja a maior área já semeada em sua história. O Paraná, que já é o maior produtor nacional de cevada, pode registrar 94,6 mil hectares plantados, o que resultaria em uma produção 40% superior à do ano passado, chegando a 413,8 mil toneladas.

Previsão de recorde histórico

Os dados são do Boletim de Conjuntura Agropecuária, divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), referente à semana de 11 a 16 de abril. Em 2024, o Paraná colheu 296,1 mil toneladas de cevada em 80,5 mil hectares. O aumento projetado de 18% na área destinada à cultura para a safra que se inicia reflete, em grande parte, a renovação da intenção de plantio na região de Guarapuava.

Aumento da área de plantio

A previsão é que a região de Guarapuava semeie 36,9 mil hectares, um incremento de 25% em relação aos 29,6 mil hectares colhidos no ano passado. Apesar desse aumento expressivo em Guarapuava, a região dos Campos Gerais ainda deve concentrar a maior área plantada de cevada no Estado, com 38 mil hectares. O agrônomo Carlos Hugo Godinho, do Deral, explicou: “O ganho acontece especialmente na região de Guarapuava em função do ânimo com as melhores cotações e os resultados satisfatórios a campo experimentados no Centro-Sul paranaense em 2024”.

Demanda das maltarias

A produção maior e de boa qualidade de cevada no Paraná é fundamental para atender à alta demanda das maltarias instaladas no Estado, que são as maiores produtoras de malte do Brasil. No primeiro trimestre, essas indústrias adquiriram cerca de 200 mil toneladas para manter a liderança na produção de malte. “A confirmação de uma produção maior e de boa qualidade é essencial para a diminuição da necessidade de importação de cevada”, destacou Godinho.

Situação de outras culturas

O boletim do Deral também abordou a situação de outras culturas no Estado. A primeira safra de soja registrou uma perda de 5,3% em campo. Embora a região Sul tenha apresentado ganho de produtividade, as demais regiões, especialmente o Noroeste, foram impactadas pela estiagem e ondas de calor atípicas. As lavouras de milho, por sua vez, apresentam bom desempenho, principalmente no Sul e Sudoeste, regiões com maior área plantada, mas também sentem os efeitos da escassez de chuvas e calor intenso em outras áreas do Estado.

Agência Notícias do Estado do Paraná

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