(Foto: Agência Senado)
Congresso esvaziado por fórum em Lisboa, mas comissões “fervem” com sabatina de ministros
Enquanto líderes viajam, Simone Tebet, Marina Silva e outros ministros enfrentam parlamentares para debater o Orçamento e as pautas do governo em semana de alta tensão fiscal.
A primeira semana de julho começa em ritmo lento no Congresso Nacional. O motivo é o 13º Fórum Jurídico de Lisboa, em Portugal, que atrai diversas autoridades brasileiras, incluindo o presidente da Câmara, Hugo Motta, e sete governadores.
Com os corredores mais vazios, a expectativa é que votações em plenário fiquem para a próxima semana, o que pode atrasar pautas de interesse do governo, como o projeto que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil, cujo relatório não foi entregue no prazo.
O foco nas comissões: ministros na berlinda
Apesar do plenário esvaziado, a verdadeira ação da semana acontece nas comissões, com uma série de audiências com ministros do governo Lula. O ponto alto ocorre já nesta terça-feira (1º), com a ida da ministra do Planejamento, Simone Tebet, à Comissão Mista de Orçamento para debater a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026. A audiência promete ser um novo palco de tensão fiscal, ocorrendo poucos dias após o Congresso derrubar o decreto do governo que aumentava o IOF.
Na quarta-feira (2), será a vez dos ministros Waldez Góes (Integração), Marina Silva (Meio Ambiente) e Frederico Siqueira Filho (Comunicações) prestarem esclarecimentos em outras comissões.

Pautas remanescentes: a votação dos incentivos fiscais
Mesmo com a agenda reduzida, uma votação importante pode ocorrer no plenário da Câmara. Está pautado o pedido de urgência para um projeto de lei que obriga a avaliação periódica do impacto dos incentivos fiscais concedidos pela União a empresas. Se a urgência for aprovada, o texto que aumenta a fiscalização sobre os benefícios fiscais poderá ser votado diretamente no plenário, sem passar pelas comissões, acelerando sua tramitação.