(Foto: José Fernando Ogura)
Do corte ao leite: pecuária paranaense celebra crescimento duplo e vê produção disparar
Boletim da Seab mostra crescimento bilionário na produção de carne e leite e alta de 229% na exportação de mel. Por outro lado, geadas da última semana afetam lavouras de milho e trigo.
A bovinocultura paranaense demonstrou sua força em 2024, com crescimento tanto na produção de corte quanto na de leite. Segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), a pecuária de corte teve um aumento de 16% em seu Valor Bruto de Produção (VBP), chegando a R$ 6,9 bilhões.
A produção de leite também cresceu 6%, alcançando a marca de R$ 12 bilhões. O bom desempenho, segundo os técnicos, foi impulsionado pela valorização dos preços da arroba bovina e do litro de leite pago ao produtor.
Exportação de mel dispara e coloca Paraná no pódio nacional
Outro destaque positivo do agronegócio paranaense é o setor de mel. Nos primeiros cinco meses de 2025, o estado se consolidou como o terceiro maior exportador do Brasil. A receita com as exportações de mel disparou 229% em comparação com o mesmo período do ano passado, alcançando US$ 9,3 milhões. O volume exportado também teve um salto impressionante de 148,7%, mostrando a força e a qualidade da apicultura do Paraná no mercado internacional.

Alerta no campo: geada afeta lavouras de milho e trigo
Em contraste com as boas notícias, as geadas da última semana trouxeram preocupação para os produtores de grãos. As lavouras de milho da segunda safra tiveram uma piora em suas condições, com a porcentagem de plantações consideradas “boas” caindo de 71% para 68%. O trigo foi ainda mais afetado, com a área em boas condições despencando de 99% para 84%. O tamanho real do prejuízo só poderá ser calculado com mais precisão quando as lavouras atingirem as próximas fases de desenvolvimento.
Impacto nos preços: hortaliças oscilam na Ceasa
O frio intenso também chegou à mesa do consumidor. As geadas impactaram diretamente a oferta de algumas hortaliças na Ceasa de Curitiba, provocando oscilações nos preços. Produtos mais sensíveis ao frio, como a alface, o chuchu e a couve-flor, tiveram seus preços elevados devido à menor oferta. Por outro lado, itens como a batata-salsa e a cebola, cujo abastecimento não foi afetado, registraram queda nos valores, mostrando o impacto direto do clima no bolso da população.