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Rússia alerta EUA a não ajudar Israel e fala em “desestabilização radical”
Enquanto guerra aérea entre Irã e Israel completa seis dias, governo russo adverte que uma intervenção militar direta de Washington teria consequências globais inestimáveis.
A Rússia emitiu um duro alerta aos Estados Unidos nesta quarta-feira (18), pedindo que Washington não forneça assistência militar direta a Israel no conflito contra o Irã. O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, afirmou que tal movimento “desestabilizaria radicalmente toda a situação” no Oriente Médio. O chefe do Serviço de Inteligência Estrangeira russo, Sergei Naryshkin, complementou o cenário, afirmando que a situação entre os dois países é “crítica”.
Guerra aérea e o risco de expansão
O aviso russo ocorre em meio a uma guerra aérea que já dura seis dias. O conflito teve início na última sexta-feira (13), com ataques aéreos de Israel contra instalações nucleares, cientistas e líderes militares iranianos, em uma ação que a Rússia condenou como “ilegal e não provocada”. Em resposta, o Irã lançou uma onda de ataques com mísseis e drones contra cidades israelenses, elevando a tensão a um nível perigoso e aumentando o temor de uma guerra regional em larga escala.

A posição dos Estados Unidos
O alerta de Moscou é direcionado a um cenário em que a Casa Branca estaria avaliando suas opções. Fontes familiarizadas com as discussões internas nos EUA afirmam que a administração norte-americana considera uma série de possibilidades, incluindo a de se juntar a Israel em eventuais ataques a alvos estratégicos iranianos. A diplomacia global observa atentamente os próximos passos de Washington, cuja decisão pode ser o fator determinante para uma escalada ou uma desescalada do conflito.
O apelo russo e a aliança com o Irã
Enquanto adverte os EUA, o presidente russo, Vladimir Putin, pede o fim das hostilidades entre Israel e o Irã. A posição da Rússia é reforçada pelo tratado de parceria estratégica assinado com o governo iraniano em janeiro deste ano, o que a coloca como um ator de peso no tabuleiro geopolítico da região. O apelo de Lula no G7, pedindo o retorno do protagonismo da ONU para mediar conflitos, ecoa em um momento em que as grandes potências se posicionam em lados opostos de uma crise com potencial devastador.