(Foto: Rafael Marcante/PPPR)
Mãos que curam: detentos de Cascavel produzem polvos de crochê para acalmar crianças no Samu
Projeto “Aeropolvo” une Polícia Penal, Unioeste e Conselho da Comunidade em uma “corrente do bem” que oferece conforto a pacientes pediátricos e uma nova perspectiva para pessoas privadas de liberdade.
Uma “corrente do bem” está conectando o sistema prisional e o serviço de emergência médica em Cascavel para levar conforto a crianças em momentos de aflição. Por meio do projeto “Aeropolvo”, pessoas privadas de liberdade da Penitenciária Industrial Marcelo Pinheiro estão produzindo polvinhos de crochê que são entregues às equipes do Samu. Os bonecos são usados como um objeto de conforto para acalmar crianças durante atendimentos de emergência em ambulâncias e helicópteros. Nesta semana, mais 150 unidades foram entregues ao Consórcio de Saúde (Consamu).
Uma “corrente do bem” que une o presídio e o Samu
A iniciativa é um exemplo de parceria entre múltiplas instituições. A Polícia Penal do Paraná (PPPR) gerencia o projeto dentro da unidade prisional; a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) oferece a capacitação técnica para que os detentos aprendam a arte do crochê; o Conselho da Comunidade de Cascavel financia a compra de todos os insumos, como linhas e agulhas; e o Consamu recebe os polvinhos e os distribui durante os atendimentos. O resultado é um ciclo virtuoso que beneficia todos os envolvidos.
O poder do polvo: um objeto de conforto na emergência
Para uma criança, um atendimento de emergência pode ser extremamente estressante. Segundo a enfermeira Indiara Teixeira, do Consamu, os polvinhos têm um papel clínico fundamental. “O transporte, o barulho e a mobilização causam instabilidade. Com o objeto de conforto, é possível contribuir na estabilização clínica desses pacientes”, explica. Ela reforça que o boneco também se torna um elo de confiança entre o profissional de saúde e a criança, facilitando a abordagem e os procedimentos necessários.
Do outro lado do muro: ressocialização e uma nova habilidade
Para as pessoas privadas de liberdade, o projeto é uma ferramenta de transformação. Além de contribuírem com a comunidade, eles aprendem uma nova habilidade profissional que pode se tornar uma fonte de renda após o cumprimento da pena. “É um ciclo que se completa”, conta o diretor da penitenciária, Álvaro Marcelo Alegrette. A parceria também tem uma via de mão dupla: profissionais do Samu ministram cursos de primeiros socorros dentro da unidade prisional, capacitando os detentos para situações de emergência.

Com informações de Agência de Notícias da Secretaria de Segurança Pública do Paraná
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