(Foto: Gabriel Rosa)
Pesquisa baseada no Censo de 2022 revela que cidade paranaense lidera o ranking entre municípios com mais de 100 mil habitantes; Curitiba é a capital com melhor índice, e outras cinco cidades do Paraná também estão no Top 15 nacional.
Maringá, no Norte do Paraná, se destaca no cenário nacional com o maior percentual de moradores vivendo em ruas arborizadas do Brasil, considerando as cidades com mais de 100 mil habitantes. A informação é parte da pesquisa “Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios”, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e baseada nos dados do Censo Demográfico de 2022. O levantamento questionou os residentes sobre a presença e a quantidade de árvores nas ruas próximas aos seus domicílios para medir os índices de arborização em espaços públicos.
Paraná lidera ranking nacional de arborização urbana
O estado do Paraná demonstrou um forte desempenho no ranking nacional. Além de Maringá, que lidera com 98,6% de seus moradores em ruas arborizadas, outras cinco cidades paranaenses com mais de 100 mil habitantes figuram entre as 15 com os melhores percentuais de arborização no Brasil: Londrina (97,1%), Umuarama (96,6%), Cambé (95,8%), Sarandi (95%) e Toledo (94,8%). Todas essas cidades paranaenses atingiram índices acima de 94% e são as únicas da região Sul do país a aparecerem neste grupo de destaque.
As cidades brasileiras com maior percentual de arborização
Confira a lista das 15 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes que apresentaram os maiores percentuais de moradores vivendo em ruas arborizadas, segundo o IBGE:
Município | Percentual |
---|---|
Maringá (PR) | 98,6% |
Birigui (SP) | 98,5% |
São José do Rio Preto (SP) | 97,8% |
Sertãozinho (SP) | 97,5% |
Londrina (PR) | 97,1% |
Dourados (MS) | 97,1% |
Umuarama (PR) | 96,6% |
Araçatuba (SP) | 96,1% |
Cambé (PR) | 95,8% |
Jaú (SP) | 95,6% |
Araraquara (SP) | 95,5% |
Sarandi (PR) | 95% |
Marília (SP) | 94,9% |
Santa Bárbara d’Oeste (SP) | 94,9% |
Toledo (PR) | 94,8% |
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Cenário da arborização nas cidades paranaenses
A capital paranaense, Curitiba, embora não esteja entre as 15 primeiras no ranking geral, obteve um percentual expressivo de 85,2% de arborização e ocupa a 11ª posição no ranking nacional entre as cidades com mais de 100 mil habitantes, destacando-se com o melhor índice entre todas as capitais brasileiras. Em contraste, o cenário menos favorável no Paraná, entre as cidades listadas na pesquisa, foi observado em Paranaguá, que registrou um índice de 44,3%.
Veja o percentual de arborização em algumas cidades do Paraná com mais de 100 mil habitantes, conforme a pesquisa do IBGE:
Município | Percentual |
---|---|
Maringá | 98,6% |
Londrina | 97,1% |
Umuarama | 96,6% |
Cambé | 95,8% |
Sarandi | 95% |
Toledo | 94,8% |
Apucarana | 92,9% |
Arapongas | 92,8% |
Cascavel | 91,9% |
Foz do Iguaçu | 89,2% |
Curitiba | 85,2% |
Pinhais | 84,8% |
São José dos Pinhais | 74,6% |
Araucária | 73,8% |
Colombo | 69,1% |
Piraquara | 69% |
Guarapuava | 68,2% |
Fazenda Rio Grande | 66,1% |
Campo Largo | 63,4% |
Ponta Grossa | 59,5% |
Almirante Tamandaré | 57,9% |
Paranaguá | 44,3% |
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
A arborização no DNA do Paraná e o papel da pesquisa
Para Flavio Schuler, coordenador técnico do Censo Demográfico no Paraná, os resultados da pesquisa refletem uma característica cultural do estado. Ele considera que o Paraná tem a arborização em seu ‘DNA’, demonstrando uma preocupação histórica com esse aspecto da urbanização. Schuler também ressalta que a publicação desses dados pelo IBGE pode servir como um importante subsídio para que os municípios paranaenses e brasileiros desenvolvam e aprimorem suas políticas públicas voltadas para a arborização urbana.
Ele pondera que as exceções nos índices podem ocorrer em municípios que vivenciaram um crescimento populacional e urbano mais acelerado recentemente, sem o devido controle na urbanização. “Justamente a publicação desses resultados pode ser um subsídio pra que os municípios desenvolvam políticas públicas pra melhorar, pois nenhum prefeito quer que seu município seja o último”, disse Schuler.
Sobre a pesquisa do IBGE
A pesquisa “Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios” do IBGE, baseada nos dados coletados durante o Censo Demográfico de 2022, analisou diversos aspectos do entorno das moradias no Brasil. Para o quesito arborização, a pesquisa considerou a presença de árvores em espaços públicos próximos aos domicílios, utilizando as respostas dos próprios moradores sobre a existência e a quantidade de árvores em suas ruas. O levantamento focou em municípios com mais de 100 mil habitantes para este ranking específico.