(Foto: Josh Edelson)
Meta é multada em € 251 milhões pela União Europeia por vazamento de dados
Empresa anuncia que vai recorrer da decisão
A União Europeia (UE), por meio do principal regulador de privacidade de dados do bloco, a Comissão de Proteção de Dados da Irlanda (DPC), multou a Meta em € 251 milhões nesta terça-feira (17). A penalidade está relacionada a uma violação de segurança ocorrida no Facebook em 2018, que expôs dados de 29 milhões de usuários.
Na ocasião, a Meta informou à DPC que hackers exploraram uma vulnerabilidade no recurso “Exibir como”, que permite aos usuários visualizar seus perfis como se fossem outras pessoas. Essa falha resultou na exposição de informações pessoais, incluindo nome completo, contatos, localização, local de trabalho, data de nascimento, religião, gênero e dados de filhos de alguns usuários, conforme detalhado pela DPC.
Riscos significativos
“A exposição não autorizada de informações de perfil devido a essas vulnerabilidades representou um grave risco de uso indevido dos dados afetados”, afirmou Graham Doyle, vice-comissário da DPC, em comunicado oficial.
A Meta corrigiu o problema logo após detectá-lo, segundo a DPC. Das 29 milhões de contas comprometidas globalmente, cerca de 3 milhões pertenciam a usuários da União Europeia e do Espaço Econômico Europeu.
Histórico de multas
A DPC atua como o principal órgão regulador da UE para gigantes da tecnologia como a Meta, devido à localização de suas operações europeias na Irlanda. Desde a implementação do Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) em 2018, a Meta já acumulou multas que totalizam quase € 3 bilhões.
Entre essas penalidades está uma multa recorde de € 1,2 bilhão aplicada em 2023, atualmente em processo de apelação. A companhia também anunciou que recorrerá da decisão desta terça-feira, alegando que adota uma ampla gama de medidas para proteger os usuários em suas plataformas.
Impacto do GDPR
A multa reforça a aplicação rigorosa do GDPR, que visa garantir maior privacidade e segurança de dados para os cidadãos europeus. O caso também ressalta os desafios enfrentados pelas empresas de tecnologia no cumprimento das regulamentações, especialmente em um ambiente digital cada vez mais complexo.
Com a Meta prometendo apelar da decisão, o caso deverá permanecer em destaque nos debates sobre privacidade e proteção de dados nos próximos meses.
