(Foto: Luís André)
O paradoxo do RS: enquanto 11 cidades decretam emergência por chuva, 309 sofrem com a seca
Com a medida, publicada hoje (7), prefeituras podem solicitar recursos para ações de socorro; estado vive paradoxo com mais de 300 municípios em emergência por estiagem.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) reconheceu oficialmente, nesta segunda-feira (7), a situação de emergência em 11 municípios do Rio Grande do Sul. A medida é uma resposta às fortes chuvas que atingiram o estado no mês de junho, provocando alagamentos e danos. Estão na lista cidades como Santa Maria, Santa Cruz do Sul, Agudo e Lajeado, que agora estão aptas a solicitar recursos federais para auxiliar na recuperação e no atendimento à população afetada.
O que pode ser feito com os recursos?
O reconhecimento da situação de emergência pelo governo federal funciona como um “selo” que destrava o acesso a verbas para ações de Defesa Civil. Com a aprovação, as prefeituras podem solicitar recursos para a compra de itens de ajuda humanitária, como cestas básicas, água potável, kits de limpeza de residência e de higiene pessoal, além de refeições para voluntários e equipes de resgate. O processo é feito através de um sistema online, onde os municípios apresentam seus planos de trabalho para análise e liberação dos valores.

O paradoxo gaúcho: entre a enchente e a estiagem
A situação do Rio Grande do Sul revela um paradoxo climático. Enquanto 11 municípios recebem o reconhecimento de emergência por excesso de chuva, o estado tem, ao todo, 358 reconhecimentos vigentes. Deste total, a esmagadora maioria, 309 cidades, está em situação de emergência pela razão oposta: a estiagem. Os dados do ministério mostram um estado lidando simultaneamente com os extremos do clima, enfrentando tanto os desafios das inundações quanto os da seca severa.