(Foto: Defesa Civil PR)
Dados da Defesa Civil revelam que, embora o número de desastres tenha diminuído, as perdas de vidas aumentaram significativamente no estado
O ano de 2024 foi marcado por uma redução no número de desastres naturais no Paraná, mas, paradoxalmente, por um aumento expressivo no número de mortes em decorrência desses eventos. É o que apontam dados do Sistema de Defesa Civil (SISDC), que mostram que, apesar da diminuição das ocorrências, as perdas de vidas aumentaram 56% em relação a 2023.
Panorama dos desastres em 2024:
- 430 desastres em 207 municípios (51,9% do total).
- 415.147 pessoas afetadas por eventos como estiagens, vendavais, enxurradas, alagamentos, surtos de doenças, inundações e deslizamentos.
- Redução em relação a 2023 no número de municípios atingidos, ocorrências registradas e pessoas afetadas.
Aumento no número de mortes:
- 39 óbitos em 2024, contra 25 em 2023 (aumento de 56%).
- Surtos de doenças infecciosas virais foram a principal causa das mortes (26 óbitos em 16 municípios).
- Outras causas: vendavais (4 mortes), enxurradas (3), transporte rodoviário de produtos perigosos (3), colapso de edificações (2) e estiagem (1).
Desastres em 2025:
- 47 ocorrências nos primeiros 36 dias do ano.
- 37 municípios atingidos e 16.196 pessoas afetadas.
- Nenhum óbito registrado até o momento.
- Vendavais lideram o número de ocorrências (17 casos).
- Alagamentos foram as situações que mais afetaram pessoas (7.019).
Curitiba e Palmas:
- Curitiba: 3 ocorrências (2 alagamentos e 1 incêndio), 6.058 pessoas afetadas.
- Palmas: 2 alagamentos e 1 subsidência e colapso, 148 pessoas afetadas.
Os dados da Defesa Civil do Paraná revelam um cenário preocupante em 2024, com o aumento no número de mortes por desastres naturais, apesar da redução no número de ocorrências. Os surtos de doenças infecciosas virais foram a principal causa das mortes, evidenciando a necessidade de ações preventivas e de resposta rápida nesses casos.
É importante ressaltar que os dados de 2025 ainda são parciais, mas servem de alerta para a importância de medidas de prevenção e mitigação de riscos de desastres naturais, como o planejamento urbano adequado, a educação ambiental e a conscientização da população.