(Foto: PCPR)
Polícia Civil do Paraná orienta clientes e advogados sobre como identificar e se proteger dessa fraude.
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) divulgou orientações importantes para clientes e profissionais da advocacia sobre o golpe do falso advogado, um esquema que tem se tornado cada vez mais comum em todo o país. Criminosos se fazem passar por advogados ou funcionários de escritórios para solicitar pagamentos indevidos, utilizando informações reais e técnicas de persuasão elaboradas.
Alerta aos Clientes de Advocacia
A PCPR destaca que o principal sinal de alerta para clientes de escritórios de advocacia é o pedido de valores para a liberação de indenizações ou para resolver pendências judiciais. É crucial lembrar que a Justiça não realiza cobranças para “liberar valores”.
O delegado Tiago Dantas aconselha: “Nesses casos, a vítima deve entrar em contato imediatamente com o seu advogado. Ligue ou vá até o escritório para verificar a veracidade das informações que foram passadas por aplicativos de mensagens”.
Outro ponto de atenção são mensagens com tom de urgência e imediatismo. Golpistas utilizam essa tática para pressionar a vítima a agir sem verificar completamente as informações. A PCPR recomenda que os dados do advogado sejam sempre consultados no site oficial da OAB-PR antes de fornecer qualquer tipo de dado pessoal ou realizar pagamentos.
Em caso de suspeita de fraude, a orientação é denunciar o número no aplicativo de mensagens e bloquear o contato, evitando que o criminoso faça novas vítimas.
Orientações para Advogados
Para os profissionais da advocacia, a PCPR recomenda o monitoramento constante da internet e das redes sociais para identificar e evitar o uso indevido de suas identidades por golpistas. Informar seus clientes sobre as formas de comunicação e os procedimentos de pagamento do escritório também é fundamental para mantê-los alertas contra tentativas de fraude.
A Polícia Civil sugere que advogados e escritórios priorizem o uso de e-mails institucionais e telefones fixos para dificultar a ação dos criminosos. A utilização de assinaturas digitais e a autenticação em duas etapas também são medidas importantes para aumentar a segurança no ambiente online.
Fui Vítima: O Que Fazer
Tanto para clientes quanto para profissionais que foram vítimas do golpe, o primeiro passo é registrar um Boletim de Ocorrência. Esse procedimento pode ser realizado na delegacia mais próxima ou através do site da PCPR. “Caso o cliente seja vítima do golpe, é essencial comunicar o advogado imediatamente para que ele esteja ciente do ocorrido”, alerta o delegado.
Para auxiliar na investigação, é importante apresentar todos os documentos que possam comprovar o crime, como prints de conversas com o golpista, capturas de tela com os dados do número telefônico do criminoso, cópias de documentos de processos judiciais (falsos ou não) enviados pelo golpista e comprovantes de pagamentos realizados.
Natureza do Crime
O estelionato é um crime que depende da representação da vítima para ser investigado. Isso significa que a pessoa que sofreu o golpe deve comunicar o ocorrido à polícia e manifestar o desejo de que o crime seja apurado após o registro do Boletim de Ocorrência.
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