Regiões de Pato Branco, Foz do Iguaçu e Francisco Beltrão sofrem com aumento da seca

Regiões de Pato Branco, Foz do Iguaçu e Francisco Beltrão sofrem com aumento da seca

(Foto: José Fernando Ogura)

Regiões de Pato Branco, Foz do Iguaçu e Francisco Beltrão sofrem com aumento da seca


As cidades mais impactadas ficam nos arredores de Pato Branco, Foz do Iguaçu e Francisco Beltrão. O motivo é a persistência das chuvas abaixo da média.

O cenário de seca no Paraná apresenta um agravamento em algumas regiões, segundo o Monitor de Secas de abril, divulgado nesta última sexta-feira (16) pela Agência Nacional de Águas (ANA). O estudo aponta um aumento da seca moderada nas regiões Sudoeste e extremo Oeste do Estado.

Este monitoramento é realizado em parceria com a equipe do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) e vem indicando um aumento gradual da seca em certas áreas do Paraná desde dezembro, período em que não havia seca relativa em toda a metade Sul do Estado.

Regiões mais afetadas pela estiagem

As áreas mais impactadas pelo aumento da seca moderada no Paraná, conforme o monitoramento, concentram-se nos arredores de cidades importantes como Pato Branco, Foz do Iguaçu e Francisco Beltrão. A principal razão apontada para este cenário é a persistência de volumes de chuva abaixo da média histórica para estas regiões nos últimos meses.

O meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib, confirmou que a situação já era esperada. “Já era esperado que abril de 2025 registrasse chuva abaixo da média histórica para o período devido a ausência de sistemas meteorológicos precipitantes”, afirmou. Ele complementou que o problema é cumulativo: “O agravamento da seca nessa região do estado é consequência da ausência de chuva também nos meses anteriores”.

Regiões de Pato Branco, Foz do Iguaçu e Francisco Beltrão sofrem com aumento da seca
(Foto: José Fernando Ogura)

Impactos da seca no Paraná

Os impactos da seca no Paraná são considerados de curto prazo na maior parte do território, afetando principalmente atividades como a agricultura, que dependem diretamente da umidade do solo e das chuvas regulares. No entanto, nas regiões Norte e Oeste do Estado, os impactos podem ser considerados de curto e longo prazo, o que significa que, além da agricultura, a situação pode começar a afetar também o abastecimento de água para a população.

Apesar do cenário em algumas regiões, o mapa de abril do Monitor de Secas não aponta casos de seca extrema ou excepcional no Paraná.

Cenário nacional e o monitor de secas

Em nível nacional, o Monitor de Secas de abril indica quadros mais graves de estiagem em outras partes do Brasil, como no noroeste do Rio Grande do Sul, em uma área na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina, na Bahia, no Maranhão e em uma parte do Amazonas (embora esta última tenha registrado recuo da seca em relação a meses anteriores após chuvas mais volumosas).

O Monitor de Secas é uma ferramenta importante para o acompanhamento e planejamento hídrico no país. Ele foi iniciado em 2014 com foco inicial no semiárido e, desde 2017, a ANA coordena a articulação entre as diversas instituições envolvidas na elaboração dos mapas. O Simepar, por sua vez, tem um papel fundamental neste processo, realizando mensalmente a análise detalhada das regiões Sul e Sudeste, utilizando uma série de dados técnicos como precipitação, temperatura, índice de vegetação, níveis de reservatórios e dados de evapotranspiração. A cada três meses, o Simepar também participa da coordenação para a elaboração do mapa completo do Brasil.

Com informações de Agência de Notícias do Estado do Paraná


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