(Foto: Gilson Abreu)
O boletim divulgado nesta quinta-feira (24) pelo Departamento de Economia Rural detalha o início da colheita do café e da segunda safra de feijão, além do avanço no plantio do milho safrinha e a situação de outras culturas e proteínas animais no estado.
O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), divulgou nesta quinta-feira (24) a Previsão Subjetiva de Safra (PSS) e o Boletim de Conjuntura Agropecuária, trazendo um panorama detalhado da produção de grãos e de outras atividades do agronegócio no Paraná.
Café: início da colheita e expectativas
Um dos destaques do boletim é o início da colheita do café nos últimos dias, que avançou em 3% da área plantada no Estado. A expectativa é colher 42 mil toneladas em uma área de 25,5 mil hectares. Embora 93% da área se encontre em boas condições, há preocupações com as últimas ondas de calor e os baixos volumes de chuva. O agrônomo do Deral, Hugo Godinho, ressaltou a importância deste momento para os produtores, ansiosos pela safra devido aos bons preços praticados no mercado, mesmo que o valor atual (R$ 2.350 a saca) esteja abaixo da média recente, ainda se mantém acima dos valores de abril do ano passado.
Safra de grãos: fim do ciclo principal e início da safrinha
O documento do Deral aponta que a primeira safra de grãos do Paraná está praticamente finalizada, com a soja 100% colhida e o milho da primeira safra em 98%. Este cenário dá espaço para o início da colheita da segunda safra de feijão. A área plantada do feijão safrinha diminuiu em 24% em relação ao ano anterior, totalizando 332,6 mil hectares, com uma estimativa de produção de 570,3 mil toneladas. Com 9% das lavouras colhidas, a cultura enfrenta problemas de produtividade, que estão 7% abaixo do potencial.
Em relação ao milho da segunda safra (safrinha), o Deral revisou a área plantada para 2,71 milhões de hectares, 6,9% superior à safra anterior e a segunda maior da história em área, beneficiada pela diminuição da área de trigo. O plantio está 100% concluído. A produção esperada é de 16,2 milhões de toneladas, mas este cenário pode ser alterado devido aos desafios climáticos, especialmente no Norte do Estado. O relatório indica que cerca de 40% das lavouras não estão em condições favoráveis, com registro de perdas irreversíveis de 1,5%, o equivalente a 240 mil toneladas.
Outras culturas e proteínas animais
O boletim também apresenta dados de outras culturas e setores importantes para o agronegócio paranaense. Em 2023, a cultura do kiwi registrou área de 181 hectares e produção de 2,3 mil toneladas, com VBP de R$ 14,9 milhões, tendo Antônio Olinto como principal produtor. O Paraná se mantém na segunda posição nacional na produção de leite industrializado, com 1,07 bilhão de litros entregues aos laticínios, segundo dados do IBGE.
Na suinocultura, o Estado é o maior fornecedor de carne suína para o mercado interno pelo sétimo ano consecutivo, comercializando 956 mil toneladas no Brasil em 2024. No primeiro trimestre de 2025, o Paraná foi o terceiro maior exportador e produtor de perus do país, com receita de US$ 6,163 milhões e volume de 2.893 toneladas exportadas. Em ovos, o Estado aparece como o quarto maior exportador do Brasil no primeiro trimestre de 2025, com receita de US$ 8,651 milhões e 1.833 toneladas exportadas.
Agência Notícias do Estado do Paraná