(Foto: José Fernando Ogura)
Com uma agroindústria diversificada e reconhecida internacionalmente, o Estado se destaca no comércio exterior ao exportar mais alimentos e bebidas do que a maioria dos países, posicionando-se à frente de nações como Japão, Portugal e Coreia do Sul.
O Paraná tem consolidado sua posição de destaque no cenário internacional como um grande exportador de alimentos e bebidas, superando em volume a maioria dos países do mundo. Graças a uma agroindústria diversificada e reconhecida globalmente pela qualidade de seus produtos, o Estado atingiu um patamar que o colocaria, se fosse uma nação independente, como o 29º maior exportador de produtos alimentícios do planeta.
As informações, baseadas em dados de 2023 do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e da plataforma TradeMap, organizados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), são as mais recentes disponíveis sobre o comércio exterior de alimentos. O levantamento de 2023 aponta que o Paraná exportou US$ 13,5 bilhões em alimentos e bebidas ao longo do ano, superando países com populações significativamente maiores, como a Indonésia (US$ 13 bilhões, com mais de 280 milhões de habitantes), além de África do Sul (US$ 12,1 bilhões), Singapura (US$ 11,5 bilhões) e Suécia (US$ 11,4 bilhões).
O Estado demonstra uma vantagem considerável em relação a outros países, comercializando mais alimentos e bebidas do que a Grécia (US$ 8,2 bilhões), Portugal (US$ 8,1 bilhões), Japão (US$ 7,7 bilhões), Egito (US$ 7,6 bilhões), Malásia (US$ 7,6 bilhões) e Marrocos (US$ 7,3 bilhões). O volume exportado pelo Paraná é mais do que o dobro do que exportam Paquistão (US$ 6,6 bilhões), Colômbia (US$ 6,5 bilhões), Lituânia (US$ 6,4 bilhões), Bulgária (US$ 6,1 bilhões), Irã (US$ 5,7 bilhões) e Uruguai (US$ 5,4 bilhões).
No cenário global de 2023, as exportações de alimentos e bebidas movimentaram US$ 1,64 trilhão. Os Estados Unidos lideraram o ranking com US$ 149,3 bilhões exportados, seguidos pelo Brasil, com US$ 125 bilhões. Segundo o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, esses resultados refletem de forma direta as ações conjuntas das políticas públicas do Governo do Estado com o setor produtivo, como o agronegócio e a indústria, fazendo com que os produtos do Paraná cheguem aos destinos internacionais com cada vez mais valor agregado.
Potencialidades do agronegócio e principais produtos
A força do Paraná no comércio exterior de alimentos está diretamente ligada à sua vocação para o agronegócio. A exportação de grãos, como milho e soja, representou mais de 44% das vendas de alimentos do Estado em 2023, totalizando US$ 6 bilhões em negócios internacionais. O trabalho intenso das cooperativas locais, muitas delas entre as maiores do mundo, é fundamental para esse desempenho.
Com o apoio do Estado, diversas cooperativas paranaenses têm investido na industrialização de suas produções, buscando aumentar a competitividade no mercado global. Um exemplo do impacto desses investimentos é o Valor Bruto da Produção (VBP) estadual de óleos e gorduras, que dobrou desde 2019, saltando de R$ 14,9 bilhões para R$ 30,5 bilhões.
Outro pilar importante na pauta de exportações do Paraná é o setor de carnes, que movimentou US$ 4,1 bilhões em 2023. O Estado se destaca como líder nacional na produção de frangos e o segundo maior produtor de suínos do país. Demonstrando a busca contínua por novos mercados, o Paraná abriu nesta semana mais um destino para a exportação de carne suína: o Chile, cujo Ministério da Agricultura reconheceu o Estado como zona livre de febre aftosa sem vacinação.
Considerando apenas a exportação dos principais produtos do Paraná – carnes de aves e suína, açúcar, soja e milho –, o Estado se posicionaria como o terceiro maior exportador do mundo nessas categorias, com US$ 11,4 bilhões. Estaria atrás apenas do Brasil (US$ 81,6 bilhões) e dos Estados Unidos (US$ 50,6 bilhões), e à frente de grandes players como Argentina (US$ 8,6 bilhões), Ucrânia (US$ 7,8 bilhões) e Espanha (US$ 7,4 bilhões).
Dinamismo econômico e resultados amplos
Os expressivos números da exportação de alimentos se inserem em um cenário de forte dinamismo econômico registrado pelo Paraná nos últimos anos. Desde 2019, o Estado tem se consolidado como um dos principais destinos de investimentos privados no Brasil, atraindo mais de R$ 300 bilhões em aportes destinados à instalação de novas fábricas, ampliações industriais e chegada de empresas de diversos setores. Esse ambiente de negócios mais eficiente, moderno e competitivo reflete a confiança do setor produtivo.
Como resultado direto dessa transformação, o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado praticamente dobrou em seis anos, passando de R$ 440 bilhões em 2018 para R$ 718,9 bilhões em 2024. Com esse salto, o Paraná alcançou a quarta posição entre as maiores economias do país, superando o Rio Grande do Sul.
O avanço econômico também se traduziu em resultados concretos para a população. Em 2024, o Estado registrou a menor taxa de desemprego de sua história, com apenas 3,3% de desocupação, conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este índice é notavelmente inferior ao de diversos países desenvolvidos, como Alemanha (3,4%), Itália (5,8%), Canadá (6,5%) e França (7,6%).
Agência Notícias do Estado do Paraná
