Atenção, Paraná: saúde reforça alerta e pede vacinação contra o Sarampo

vacinação sarampo

(Foto: Jaelson Lucas)

O Paraná não registra casos da doença desde 2020 e óbitos desde 1998. O sarampo é uma doença altamente contagiosa, transmitida de forma direta por secreções liberadas ao tossir, espirrar, falar ou respirar.

Diante da confirmação de casos de sarampo este ano em outros estados brasileiros, como Rio de Janeiro, Distrito Federal, São Paulo e Rio Grande do Sul – mesmo que possam ser casos importados – a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) emite um alerta crucial. O objetivo é reforçar a importância da vacinação para garantir que o Paraná continue protegido contra a doença. O estado ostenta um histórico positivo, sem registrar casos de sarampo desde 2020 e nenhum óbito pela doença desde 1998.

O Sarampo e sua transmissão

O sarampo é conhecido por ser uma doença viral de alta contagiosidade. Sua transmissão ocorre de forma direta, principalmente através de secreções eliminadas no ar quando uma pessoa infectada tosse, espirra, fala ou até mesmo respira. As partículas virais do sarampo têm a capacidade de permanecer suspensas no ar por várias horas, o que aumenta significativamente o poder de contágio da doença, tornando a vacinação a principal barreira de proteção.

Ações da Sesa e apelo do secretário

A Sesa já está empenhada em intensificar as ações de imunização em todo o estado. Um foco inicial tem sido os municípios que fazem divisa com São Paulo, visando imunizar trabalhadores de postos de combustíveis, hotéis e outros serviços que mantêm contato direto com pessoas do estado vizinho, onde casos foram registrados. O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, reforça o apelo à população: “Precisamos manter a nossa vigilância em saúde atenta, focada, e reforçar a vacinação, não apenas de crianças, mas também adolescentes e adultos, para não deixar que o vírus do sarampo volte a circular no Paraná”.

Além das ações em andamento, a secretaria solicitou mais doses de vacina ao Ministério da Saúde para ampliar ainda mais os esquemas de atuação. “Queremos imunizar todas as pessoas que tenham tomado a vacina há mais de dez anos, para reforçar essa vacinação e garantir que os paranaenses fiquem protegidos”, acrescentou o secretário, indicando a estratégia de reforço vacinal.

Vacinas disponíveis e esquema de imunização

As vacinas que protegem contra o sarampo estão disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Paraná. São elas: a tríplice viral (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola) e a tetraviral (que inclui a proteção contra varicela, popularmente conhecida como catapora). A vacina tríplice viral é recomendada para pessoas de 12 meses a 59 anos, enquanto a tetraviral é indicada especificamente para crianças a partir dos 15 meses de idade.

O esquema vacinal padrão prevê a aplicação de duas doses da vacina contra o sarampo para pessoas até 29 anos de idade. Entre 30 e 59 anos, é necessária apenas uma dose. Profissionais de saúde, independentemente da faixa etária, devem receber obrigatoriamente duas doses da vacina.

Cobertura vacinal no Paraná

Em relação à cobertura vacinal no estado, no último ano, o Paraná alcançou 100% na aplicação da primeira dose da tríplice viral e 88,13% na segunda dose. Em 2025, os índices registrados até o momento são de 110% na primeira dose e 75% na segunda dose. Para impulsionar ainda mais a imunização, a vacinação contra o sarampo será um dos focos no Dia D de Multivacinação, marcado para o dia 10 de maio. A Sesa também tem realizado uma campanha de vacinação nas escolas, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação, alcançando o público infanto-juvenil em ambiente escolar.

Recomendações e vigilância em saúde

A Sesa reforça as recomendações aos municípios para que intensifiquem a busca ativa por pessoas na faixa etária de 12 meses a 59 anos que estejam com a vacinação pendente ou incompleta. É fundamental que a situação vacinal seja atualizada conforme o Calendário Nacional de Vacinação. A secretaria estadual assegura que todas as cidades paranaenses possuem doses disponíveis para imunizar a população.

Para garantir a investigação eficaz de casos suspeitos e a identificação de contatos, os profissionais de saúde, tanto da rede pública quanto privada, devem estar vigilantes. A identificação precoce de qualquer caso suspeito é crucial para garantir a coleta adequada de amostras para exames laboratoriais e, principalmente, para notificar imediatamente as Secretarias Municipais de Saúde, as Regionais de Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde, permitindo a rápida adoção das medidas de prevenção e controle necessárias.

Sintomas e cuidados

Ficar atento aos sintomas do sarampo é fundamental, pois não há tratamento específico para a doença, apenas para seus sintomas e complicações. Os sinais mais comuns incluem febre alta, exantema (manchas avermelhadas na pele que geralmente surgem primeiro no rosto e atrás das orelhas, espalhando-se depois pelo corpo), que vêm acompanhados de tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite. Outros sintomas que podem se manifestar são dor de cabeça, indisposição e diarreia. Em caso de suspeita, o paciente deve permanecer em isolamento, seja domiciliar ou hospitalar, por cinco dias a partir do aparecimento das manchas na pele, para evitar a transmissão do vírus.

Agência Notícias do Estado do Paraná

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