(Foto: Valquir Aureliano)
Com apoio da Prefeitura, setor criativo movimenta diferentes áreas da cidade — do artesanato à produção de games — e ganha protagonismo na geração de renda e empregos.
Em Curitiba, a criatividade deixou de ser apenas expressão artística para se tornar motor de desenvolvimento econômico e inclusão produtiva. A chamada economia criativa, que abrange desde o artesanato até o desenvolvimento de jogos digitais, ganhou força na capital paranaense, gerando oportunidades reais de trabalho, renda e empreendedorismo. Mais que um setor promissor, tornou-se parte da identidade da cidade.
Longe de estereótipos que associam o setor apenas a jovens alternativos e artistas de vanguarda, a economia criativa é feita por milhares de profissionais que vivem daquilo que inventam com as mãos, com as ideias ou com a tecnologia. São os artesãos das feiras de bairro, os estilistas independentes, os desenvolvedores de games, os músicos e produtores culturais que movimentam eventos, lojas e plataformas digitais.
Segundo o IBGE, cerca de 7,4 milhões de pessoas atuam na economia criativa no Brasil. Em Curitiba, as ações da Prefeitura vêm ampliando esse potencial com políticas públicas de incentivo, capacitação e acesso ao mercado.
Criatividade que gera renda
A Feira do Largo da Ordem é o exemplo mais simbólico dessa transformação: há mais de 900 expositores cadastrados, com produção autoral e 100% curitibana. É lá que o artesão Sebastião Freitas Filho, do bairro Pilarzinho, vende suas bandejas e pratos giratórios feitos à mão. Mais que peças decorativas, suas criações ganham valor de utilitário e objeto artístico, chegando até clientes do Japão, dos EUA e de Portugal. “Cada item leva uma semana para ficar pronto. É minucioso, mas cheio de amor”, resume ele.
As feiras de artesanato da cidade se espalham por outros 18 bairros, democratizando o acesso e fortalecendo a renda local. Todas exigem que os produtos sejam feitos pelo próprio expositor, garantindo autenticidade e valorizando o talento regional.
Tecnologia e tradição de mãos dadas
Ao mesmo tempo, Curitiba avança em outro polo criativo: o digital. O recém-inaugurado Estúdio Riachuelo, instalado em um casarão centenário, se tornou referência em games, animação e cultura geek. Cursos gratuitos, capacitações acessíveis e um espaço interativo com jogos curitibanos revelam uma aposta séria da cidade no futuro da economia digital.
Programas como os Worktibas — primeiros coworkings públicos do Brasil — e os Liceus de Ofícios Criativos oferecem suporte técnico, mentorias e estrutura para que ideias criativas virem negócios de verdade.
Criatividade em cena
A cidade também reforça o setor com grandes eventos. Em 2024, o Natal de Curitiba contratou 400 profissionais da cultura e movimentou quase R$ 400 milhões. O Festival de Curitiba, maior evento de artes cênicas da América Latina, voltou a ter apoio da Prefeitura e injetou R$ 50 milhões na economia local.
A moda autoral ganha espaço com o Boqueirão Fashion, e o audiovisual se fortalece com a Curitiba Film Commission, que atrai produções e conecta criadores locais com oportunidades nacionais.
Uma nova economia para uma nova cidade
Ao reunir arte, tecnologia, empreendedorismo e identidade local, Curitiba demonstra que a economia criativa é mais que tendência: é estratégia de desenvolvimento. Seja com artesãos nas feiras ou com programadores nos estúdios de games, a cidade aposta no talento como ativo econômico e social.
E para quem vive da criatividade, Curitiba é cada vez mais solo fértil.
Agência Notícias da Prefeitura de Curitiba