(Foto: Pablo Maestá)
Das ruas de Curitiba ao abraço da família: a emocionante história do recomeço de Abigail
Após buscar ajuda médica em Curitiba e expressar o desejo de rever a família, Abigail, de 28 anos, foi acolhida pela prefeitura e teve seu retorno para o Rio de Janeiro viabilizado pela Ação Social.
O abraço de um pai e a chance de um recomeço. Após meses vivendo nas ruas de Curitiba, a jovem Abigail Alves das Neves, de 28 anos, reencontrou seu pai, Gesse Pinheiro das Neves, na manhã desta segunda-feira (6). O reencontro emocionante foi o culminar de uma ação rápida e integrada da Fundação de Ação Social (FAS) e da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), que localizaram a família e viabilizaram o retorno de Abigail para sua casa em Cachoeiras de Macacu, no Rio de Janeiro.
O pedido de ajuda que deu início a tudo
A história da volta para casa começou na última quinta-feira (2), quando Abigail, que é técnica de enfermagem e enfrenta a dependência química, procurou o serviço do Consultório na Rua por causa de um problema nos olhos. Durante o atendimento, ela expressou para a equipe da FAS o seu maior desejo: reencontrar os pais. Foi o gatilho que a equipe precisava para iniciar a mobilização.
A escuta que reconecta: o trabalho da FAS
A equipe da FAS não mediu esforços. “Quando ela falou que queria reencontrar a família, percebemos que ali podia haver uma oportunidade de recomeço”, contou Eridan Rocha, coordenadora do Centro POP. Em uma busca pela internet, a coordenadora encontrou o telefone do trabalho dos pais de Abigail e conseguiu o contato com a mãe, que imediatamente expressou a vontade de receber a filha de volta. Enquanto o reencontro era organizado, a FAS acolheu Abigail e articulou com a assistência social do município de destino a continuidade do tratamento.
“Enquanto houver esperança, a gente vai lutar”
Para o pai, Gesse, a notícia foi um alívio. Ele viajou de ônibus do Rio de Janeiro a Curitiba para buscar a filha. “Se não fosse o apoio da FAS, provavelmente ela estaria na rua, sofrendo e em risco. Enquanto houver esperança, a gente vai lutar para que ela se restabeleça”, afirmou, emocionado. Ele contou que a família está pronta para apoiá-la no tratamento e que ele e a esposa têm a guarda das duas filhas de Abigail, de 6 e 2 anos.
>> Siga o canal do Jornal O Paranaense no WhatsApp
“Não é a casa, é onde a gente pode voltar e ter quem abraçar”
O reencontro foi de poucas palavras e muitos abraços. “Estou ansiosa para voltar pra casa, ver minha mãe e minhas filhas. A pior dor é a da saudade”, disse Abigail. Ela agradeceu o acolhimento que recebeu. “Procurei a FAS num dia bem triste, e fui acolhida. Graças a Deus, agora posso voltar pra minha família. Não é a casa, é onde a gente pode voltar e ter quem abraçar.” De volta ao Rio, seu plano é retomar o tratamento e reconstruir a vida ao lado das filhas.
Uma política pública que reconecta vidas
A história de Abigail não é um caso isolado. Ela é um exemplo do sucesso do programa de Retorno Familiar da FAS, que busca reconstruir os laços de pessoas em situação de rua com suas famílias. Apenas neste ano, a FAS já viabilizou 332 retornos familiares como o de Abigail, oferecendo não apenas a passagem, mas todo o suporte e a articulação para garantir que cada retorno seja uma nova chance de recomeço.

Com informações de Agência de Notícias da Prefeitura de Curitiba
- Com show de Julimar, Athletico vence o Amazonas e fica a dois pontos do G4 na Série B - 27 de outubro de 2025
- Do Palácio Iguaçu para o interior: Governo entrega nova frota para fortalecer a rede de atendimento à mulher - 27 de outubro de 2025
- Almir Sater traz a magia da viola e seus clássicos para seis cidades do Paraná - 27 de outubro de 2025

