(Foto: PCPR)
Cinco presos em Curitiba por envolvimento em furto qualificado contra a Copel
Três empregados de empresa contratada e dois donos de recicladora foram detidos em operação nesta quarta-feira (14). Câmeras registraram caminhão descarregando material furtado, que é puro e de alto valor no mercado ilícito.
Uma operação policial realizada nesta última quarta-feira (14) resultou na prisão de cinco homens em Curitiba, no âmbito de uma investigação sobre furto de cabos de cobre da Companhia Paranaense de Energia (Copel). Três dos detidos são funcionários de uma empresa terceirizada que presta serviços à Copel e são suspeitos de terem furtado os cabos de dentro de uma estação da própria companhia, localizada na capital.
A ação também levou à prisão de outros dois homens, que são proprietários de uma recicladora. Eles são suspeitos de receptação, ou seja, de terem comprado o material que teria sido furtado pelos terceirizados.
Câmeras flagraram descarregamento
As investigações contaram com evidências que fortaleceram as suspeitas. Câmeras de segurança de registraram um caminhão que opera a serviço da Copel chegando à recicladora e descarregando os fios de cobre.
No local indicado pelas investigações, a polícia encontrou não apenas os fios de cobre furtados, mas também outros materiais suspeitos, que foram prontamente recolhidos para análise. Inicialmente, os donos da recicladora negaram ter recebido o material de origem ilícita, mas, confrontados com as evidências, acabaram admitindo a receptação.
Material de alto valor no mercado paralelo
O delegado Hormínio de Paula Neto, responsável pelas investigações, explicou que o tipo de material furtado possui um valor agregado consideravelmente maior no mercado ilícito, tornando-o um alvo frequente de criminosos. “Esse é o material puro, então este material tem um valor comercial maior no mercado ilícito”, detalhou o delegado, ressaltando o prejuízo causado à Copel e a atratividade do cobre puro para o crime.

Acusações e continuidade da investigação
Diante das evidências e confissões, os três funcionários terceirizados que teriam realizado o furto deverão responder pelo crime de furto qualificado, que prevê agravantes pela condição de acesso ao local. Já os dois proprietários da recicladora, presos por comprarem o material furtado, responderão pelo crime de receptação qualificada, que se aplica quando o material recebido tem origem criminosa e a atividade de receptação é habitual ou relacionada à atividade comercial.
A polícia informou que as investigações do caso não se encerram com as prisões. As autoridades continuam trabalhando para identificar outros possíveis envolvidos no esquema criminoso. Além disso, buscam descobrir o paradeiro e os responsáveis pelo desaparecimento de uma bobina de fios de cobre que, sozinha, pesava cerca de 500 quilos.
Posicionamento da Copel
Por meio de nota oficial, a Companhia Paranaense de Energia (Copel) se pronunciou sobre o caso. A empresa afirmou que a ação policial que resultou nas prisões foi motivada e desencadeada a partir de uma denúncia feita pela própria companhia às autoridades. A Copel garantiu que irá tomar todas as medidas cabíveis, sejam elas administrativas, cíveis ou criminais, em relação a todos os indivíduos envolvidos neste episódio de furto e receptação.