(Foto: Divulgação COB)
COB eterniza quatro heróis: Daiane, Guga, Edinanci e Afrânio da Costa no Hall da Fama do Esporte
O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) incluiu a ginasta Daiane dos Santos, o tenista Gustavo Kuerten, a judoca Edinanci Silva e o atirador Afrânio da Costa em sua lista de heróis, em cerimônia de gala no Rio de Janeiro.
O universo do esporte brasileiro celebrou, na noite desta terça-feira (13), a inclusão de quatro novos ícones no Hall da Fama do Esporte do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). A ginasta Daiane dos Santos, o tenista Gustavo Kuerten (Guga), a judoca Edinanci Silva e o atirador Afrânio da Costa (in memoriam) foram eternizados por suas contribuições ao movimento olímpico e à inspiração de gerações.
Segundo o presidente do COB, Marco Antônio La Porta, a seleção para o Hall da Fama transcende a simples conquista de medalhas olímpicas. “A medalha é apenas um detalhe do processo. É a contribuição do atleta para o movimento, a inspiração dele para os Jogos, isso é o que conta. A gente precisa contar a história do esporte para incentivar jovens atletas”, afirmou.
As novas lendas do esporte brasileiro
Daiane dos Santos: Aos 42 anos, Daiane marcou uma geração com suas acrobacias no solo, sendo campeã mundial em 2003. Emocionada, ela expressou sua gratidão: “É difícil descrever um sentimento, mas me sinto lisonjeada representando a ginástica, o esporte brasileiro e tantos outros grandes atletas”.
Gustavo Kuerten (Guga): Tricampeão de Roland Garros (1997, 2000 e 2001), Guga foi a grande atração da noite. Ele ressaltou a importância de valorizar a capacidade brasileira de transformar vidas através do esporte. “Tanto os que aqui já passaram e são homenageados, como Joaquim Cruz, Bernard, William, Hortência, Paula, Ricardinho, todos esses nomes fizeram a gente sonhar. Daí pensava: sou brasileiro também e vai dar certo, tem que funcionar. Vamos valorizar essa capacidade que temos de transformar a vida de milhões de brasileiros”, declarou o tricampeão.
Edinanci Silva: Vinda de Sousa, na Paraíba, a judoca participou de quatro Olimpíadas. Ela trouxe um mandacaru de madeira como amuleto, simbolizando suas raízes. “Nunca esqueci das minhas raízes, sempre carreguei um pedacinho de rapadura para o Japão, para a Alemanha, onde fosse competir. Sempre quis manter o vigor para representar bem o esporte, principalmente daquela região que é especial”, disse Edinanci.
Afrânio da Costa: Falecido em 1979, Afrânio da Costa foi o quarto atleta incluído. Ele é lembrado como o primeiro medalhista olímpico brasileiro, conquistando prata e bronze nas provas de pistola livre a 50 metros (individual e por equipes) nos Jogos de Antuérpia, Bélgica, em 1920. O atirador contemporâneo Felipe Wu, medalhista de prata no Rio 2016, destacou a relevância de Afrânio: “Foi Afrânio quem conseguiu armas emprestadas com os norte-americanos para competir naquela época. Logo depois se destacou na parte administrativa. Ele teve uma grande relevância nos primórdios do esporte.”

O legado para as novas gerações
Conhecidos ou não do grande público, medalhistas olímpicos ou não, todos os homenageados têm agora suas trajetórias preservadas para as futuras gerações. Conhecer a história é parte fundamental do espírito olímpico.
Emanuel Rego, campeão do vôlei de praia e atual diretor-geral do COB, reforçou a importância da homenagem: “Quais são as premissas do Movimento Olímpico? Todos os homenageados tiveram excelência plena em suas modalidades. Fazer com que eles sejam inspiradores das novas gerações, que elas lembrem desses ícones. Espero que muitas outras gerações possam acompanhar o sucesso que eles tiveram”.
Com os quatro homenageados da noite de ontem, o Hall da Fama do Esporte do COB conta agora com 39 atletas eternizados. É possível conhecer a biografia de todos eles na página oficial do COB na internet.