Escalada de tensão: Índia ataca Paquistão e Paquistão prepara resposta após troca de fogo na Caxemira

Conflito Índia Paquistão

(Foto: Mukesh Gupta – Reuters)

Escalada de tensão: Índia ataca Paquistão e Paquistão prepara resposta após troca de fogo na Caxemira


Exércitos dos dois países, com armas nucleares, trocaram intensa artilharia em sua fronteira na disputada Caxemira nesta quarta-feira (horário local), no que foi descrito como os piores combates em anos; Paquistão reporta mortes e prepara resposta.

A tensão entre a Índia e o Paquistão atingiu um novo pico nesta quarta-feira (horário local), com a Índia realizando ataques aéreos contra nove locais no Paquistão e na Caxemira administrada pelo Paquistão. Esta ofensiva ocorre em resposta a um ataque mortal a turistas hindus na Caxemira indiana no mês passado. O Paquistão reportou pelo menos três mortes e afirmou que está preparando uma resposta, conforme os piores combates em anos eclodiram entre os dois inimigos de longa data, ambos potências nucleares.

Índia ataca alvos no Paquistão após ataque na Caxemira Indiana

A ação militar indiana veio após o ataque de 22 de abril na Caxemira indiana, no qual homens armados islâmicos mataram 26 pessoas, na pior violência contra civis na Índia em quase duas décadas. A Índia responsabilizou o Paquistão por este ataque, acusação que Islamabad nega.

O governo indiano, por meio de um comunicado, informou que suas Forças Armadas lançaram a “Operação Sindoor”, atingindo a “infraestrutura terrorista” de onde, segundo a Índia, os ataques contra seu território foram planejados e dirigidos. A Índia afirmou que suas ações foram “focadas, medidas e não escalonadas por natureza” e que “nenhuma instalação militar paquistanesa foi atingida”, demonstrando “considerável moderação na seleção de alvos e no método de execução”.

O nome da operação, “Sindoor”, é uma aparente referência simbólica às mulheres que perderam seus cônjuges no ataque a turistas, já que sindoor é um sinal tradicional usado por mulheres hindus casadas.

Por sua vez, o Paquistão declarou que a Índia lançou mísseis em três locais e, segundo um porta-voz militar paquistanês à emissora Geo, os locais atingidos incluem duas mesquitas. O Paquistão também contesta a alegação indiana de ter como alvo campos de terroristas, afirmando que todos os locais atingidos eram civis. O ministro da Defesa do Paquistão, Khawaja Muhammad Asif, disse à Geo que a Índia disparou mísseis de seu próprio espaço aéreo.

Troca de fogo intensa na fronteira disputada

Além dos ataques aéreos, exércitos dos dois países trocaram intensa artilharia e pesados tiros em sua fronteira na disputada região da Caxemira em pelo menos três lugares, de acordo com relatos da polícia e de testemunhas à Reuters. Testemunhas e um policial na fronteira da Caxemira indiana relataram ter ouvido altas explosões e intensos bombardeios de artilharia, além de jatos no ar.

Canais de TV indianos exibiram vídeos de explosões e fumaça, embora a Reuters não tenha conseguido verificar as imagens de forma independente. Após as explosões, houve falta de energia em Muzaffarabad, a capital da Caxemira administrada pelo Paquistão, segundo testemunhas.

Reações internacionais e no Paquistão

O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, afirmou que Islamabad estava respondendo aos ataques indianos, sem fornecer detalhes sobre essa resposta.

Internacionalmente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou a situação, chamando-a de “vergonha” e expressando esperança de que “termine rapidamente”.

No Paquistão, uma emergência foi declarada na populosa província de Punjab, e hospitais e serviços de emergência foram colocados em alerta máximo para lidar com possíveis desdobramentos dos combates.

A situação na Caxemira, região disputada entre Índia e Paquistão desde a divisão do subcontinente em 1947, continua sendo um ponto focal de tensão e conflito entre os dois países, gerando preocupação internacional devido ao fato de ambos possuírem armas nucleares.

Com informações de Agência Brasil


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