Petrobras aumenta produção em 5,4% no 1º trimestre de 2025, impulsionada por novas plataformas

plataforma de petroleo

(Foto: Divulgação Petrobras)

Produção média de óleo e gás aumenta impulsionada por eficiências e novas plataformas. Vendas de derivados apresentam comportamento sazonal, com Diesel S-10 representando 66% do total de vendas de diesel.

A Petrobras registrou um desempenho positivo em sua produção de petróleo e gás no primeiro trimestre de 2025. A produção média de óleo, líquidos de gás natural (LGN) e gás natural alcançou 2,77 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboed), representando um aumento de 5,4% na comparação com o quarto trimestre de 2024.

Produção cresce impulsionada por eficiências e novas plataformas

Segundo a companhia, o aumento na produção foi possível graças a uma combinação de fatores. Dentre eles, destacam-se o menor volume de perdas relacionadas a paradas para manutenções programadas, a melhoria na eficiência operacional observada na Bacia de Santos e a entrada em produção de duas importantes unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência (FPSOs): o FPSO Almirante Tamandaré, operando no campo de Búzios, e o FPSO Marechal Duque de Caxias, no campo de Mero. Esses fatores positivos foram parcialmente compensados pelo declínio natural da produção em campos já em operação.

A diretora de Engenharia, Tecnologia e Produção da Petrobras, Renata Baruzzi, comentou a importância de uma das novas unidades. “A entrada em operação do FPSO Almirante Tamandaré é estratégica para a Petrobras e representa ampliação de produção no campo de Búzios de forma sustentável e inovadora. Além de ser uma plataforma de alta capacidade, com potencial para produzir até 225 mil barris de óleo e processar 12 milhões de metros cúbicos de gás por dia, possui tecnologias modernas de descarbonização, possibilitando aumento da eficiência e redução das emissões”, avaliou Baruzzi.

Desempenho das vendas de derivados

Em relação às vendas de derivados de petróleo, o primeiro trimestre de 2025 apresentou um volume total inferior ao registrado no quarto trimestre de 2024. A Petrobras atribui essa redução principalmente à sazonalidade típica da demanda por derivados no período inicial do ano.

Análise por tipo de combustível

  • Diesel: As vendas de diesel no 1º trimestre deste ano mantiveram um patamar semelhante ao do último trimestre de 2024. O destaque ficou para o Diesel S-10, que representou 66% das vendas totais do derivado.
  • Gasolina: As vendas de gasolina registraram queda de 7,9% no 1º trimestre em comparação com o 4º trimestre de 2024. Essa redução também foi impactada pela sazonalidade da demanda, que historicamente apresenta maior consumo no final do ano devido ao aumento da movimentação de veículos nas festas e à injeção do décimo terceiro salário na economia.
  • Querosene de Aviação (QAV): Houve uma redução de 1,7% nos volumes de vendas de QAV neste trimestre em relação ao anterior. A queda se deve, segundo a estatal, à base de comparação mais elevada do 4º trimestre de 2024, impulsionada pelo crescimento do segmento internacional e pela realização do evento G-20 no Rio de Janeiro, que aumentaram a demanda por voos.
  • Gás Liquefeito de Petróleo (GLP): As vendas de GLP caíram 3,3% neste trimestre frente ao último de 2024, influenciadas por fatores sazonais. A companhia explicou que “No 1º trimestre, as temperaturas médias são mais altas, reduzindo o consumo de energia. Além disso, as férias no início do ano diminuem o uso residencial de GLP”.
  • Nafta: As vendas de nafta apresentaram a maior queda percentual entre os derivados, recuando 17,3% em relação ao último trimestre de 2024. A principal razão para essa redução foi a menor disponibilidade de nafta decorrente da parada programada da Refinaria Abreu e Lima (RNEST).
  • Óleo Combustível: As vendas de óleo combustível caíram 12,5% na comparação com o quarto trimestre de 2024. O principal fator, de acordo com a companhia, foi a redução nas vendas para o segmento industrial, que tem aumentado a utilização de outros combustíveis em seus processos, como o gás natural.

A Petrobras também observou queda nas vendas de óleo combustível para o segmento de geração de energia elétrica. No entanto, houve um aumento nas vendas para o segmento marítimo, que registrou um pico sazonal de consumo por navios de cruzeiro no período.

Agência Brasil

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