(Foto: Igor Jacinto)
Curitiba e demais regiões paranaenses se beneficiarão de ações integradas para desenvolvimento sustentável e enfrentamento a desastres naturais.
O vice-governador do Paraná, Darci Piana, representando o Estado na reunião do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), em Brasília, nesta quarta-feira (23), reafirmou o protagonismo paranaense na construção de um futuro sustentável para a região Sul do Brasil. O encontro marcou a apresentação do plano Visão Regional 2040 e a assinatura de um acordo com o Banco Mundial para a criação de um sistema integrado de monitoramento climático e gestão de riscos.
A iniciativa envolve também os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, e tem como objetivo coordenar ações estratégicas de longo prazo que tragam impacto real às populações locais. No caso do Paraná, cidades como Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu estarão diretamente envolvidas em projetos que contemplam desde modernização da infraestrutura até ações para mitigação de desastres naturais, como enchentes e deslizamentos.
“Temos muitos programas de sucesso no Paraná que podem servir de modelo para os demais estados. Essa união vai fortalecer ainda mais nosso desenvolvimento”, destacou o secretário estadual de Planejamento, Ulisses Maia.
Paraná como referência em inovação e sustentabilidade
O plano Visão Regional 2040, construído com apoio da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), traça cinco diretrizes principais para o futuro da região, com ênfase em inovação, resiliência climática, bem-estar social e governança.
Para o Paraná, essas diretrizes se traduzem em ações concretas como:
- Fomento às energias renováveis em Foz do Iguaçu e região Oeste;
- Ampliação da educação voltada ao futuro em polos tecnológicos como Curitiba;
- Reforço das cadeias produtivas agroindustriais no Norte e Noroeste;
- Promoção da inclusão e bem-estar social, especialmente em áreas mais vulneráveis.
Acordo climático garante agilidade nas respostas a desastres
O memorando assinado com o Banco Mundial prevê a criação de um sistema unificado de dados hidrometeorológicos e protocolos interestaduais de atuação. Isso permitirá que estados como o Paraná possam agir com mais rapidez e eficiência diante de emergências climáticas, como tempestades severas e longos períodos de seca.
Além disso, o acordo fortalece a integração das Defesas Civis estaduais, o que deve beneficiar cidades paranaenses com histórico de vulnerabilidade climática, como União da Vitória e Guaratuba, permitindo ações coordenadas e uso otimizado dos recursos públicos.
Desenvolvimento regional com impacto nacional
Com uma população superior a 11 milhões de habitantes, o Paraná é peça-chave na engrenagem econômica do Sul do Brasil. Segundo dados do Codesul, os quatro estados membros respondem juntos por 18,3% do PIB nacional e quase 20% das exportações brasileiras.
“Nosso Estado tem protagonismo nacional em diversas áreas. Ao integrar políticas públicas com os demais estados do Sul, vamos potencializar resultados e melhorar a vida de quem vive aqui”, afirmou Darci Piana.
O evento também abriu espaço para discutir policiamento conjunto nas fronteiras – ponto especialmente sensível para Foz do Iguaçu – e investimentos em infraestrutura que podem impactar positivamente todo o Paraná.
Agência Notícias do Estado do Paraná