Projeto Wolbachia avança: Londrina amplia cobertura para 100% em luta contra Aedes Aegypti

Método Wolbachia PR

(Foto: Peter Ilicciev)

O anúncio, feito pelo Ministério da Saúde após solicitação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), visa fortalecer as ações de controle e prevenção das arboviroses nestas cidades paranaenses por meio da liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia.

Uma importante notícia para a saúde pública de Foz do Iguaçu e Londrina, no Paraná. Os dois municípios irão expandir o projeto relacionado à implementação do Método Wolbachia, iniciado no ano passado, para cobrir 100% de seus territórios. O anúncio dessa ampliação foi feito pelo Ministério da Saúde, atendendo a uma solicitação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O objetivo principal é fortalecer significativamente as ações de controle e prevenção de arboviroses – doenças transmitidas por mosquitos como dengue, zika e chikungunya – nestas duas cidades paranaenses.

Expansão histórica do Método Wolbachia no Paraná

A ampliação total do Método Wolbachia em Foz do Iguaçu e Londrina representa um avanço significativo no combate a doenças transmitidas pelo Aedes aegypti no Paraná. O alinhamento para essa expansão abrangente será feito em conjunto pela Sesa e as secretarias municipais de saúde de Foz e Londrina, com a coordenação-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), parceiros essenciais do projeto.

Na primeira etapa do projeto, que teve início no ano passado (2024), a liberação dos mosquitos Aedes aegypti contendo a bactéria Wolbachia (os “wolbitos”) foi concentrada apenas nas regiões consideradas de maior risco dentro dos municípios, abrangendo cerca de 50% do território – 13 bairros em Foz do Iguaçu e 161 localidades em Londrina. Com a expansão, o método será aplicado em todas as áreas das cidades.

Como funciona a tecnologia Wolbachia

A bactéria Wolbachia é uma tecnologia inovadora e uma das principais estratégias no combate à dengue e outras arboviroses globalmente. O método Wolbachia consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti que carregam essa bactéria. A Wolbachia impede que os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela se desenvolvam no mosquito, bloqueando efetivamente a transmissão das doenças para os seres humanos. Com o tempo, a população de mosquitos que carregam a Wolbachia aumenta, reduzindo a capacidade de transmissão de arbovírus na região.

Para a implementação do método em Foz e Londrina, foram instaladas biofábricas de produção de mosquitos contendo a bactéria Wolbachia em julho de 2024. Desde então, 58 milhões de mosquitos foram soltos no decorrer dos meses nas áreas selecionadas na primeira fase do projeto, preparando o terreno para esta ampliação total.

Parceria e alcance nacional do projeto

O sucesso do projeto Wolbachia e sua expansão são resultado de um trabalho conjunto. O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, destacou a importância dessa colaboração: “O trabalho conjunto tripartite garante o sucesso da iniciativa nesses locais. A ampliação total nesses territórios é mais uma ação para auxiliar no enfrentamento à dengue”, disse o secretário, referindo-se à parceria entre Ministério da Saúde, Governo do Estado (Sesa) e as prefeituras de Foz e Londrina.

A biofábrica Wolbachia em Foz e Londrina integra essa grande parceria que envolve o Ministério da Saúde, a Fiocruz, o Instituto WMP (Wolrd Mosquito Program), o Governo do Estado do Paraná, por meio da Sesa, e as administrações municipais das duas cidades.

Atualmente, o método Wolbachia já está presente em 11 cidades brasileiras: Niterói (RJ); Rio de Janeiro (RJ); Campo Grande (MS); Petrolina (PE); Joinville (SC); Foz do Iguaçu (PR); Londrina (PR); Uberlândia (MG); Presidente Prudente (SP); e Natal (RN). O Ministério da Saúde anunciou que fará a ampliação do método para mais 40 municípios em todo o Brasil até o final do ano, mostrando que Foz e Londrina estão na vanguarda dessa estratégia inovadora.

Com informações de Agência de Notícias do Estado do Paraná

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *