(Foto: Foto: Geraldo Bubniak)
Com 4.181 empregos formais, o estado representa 16% das ocupações nacionais no segmento e exporta para 60 países.
Com a proximidade do feriado de Páscoa, o consumo de chocolates aumenta consideravelmente, impulsionando a produção industrial do setor. Embora o Paraná não produza cacau comercialmente, o estado abriga 65 empresas dedicadas à fabricação de chocolates e derivados, gerando 4.181 empregos formais em 2024.
Empregos no setor de chocolates no Paraná
O número de empregos no setor de chocolates no Paraná corresponde a 16% do total nacional, garantindo ao estado a segunda posição no ranking entre os 26 estados e o Distrito Federal. Os dados foram levantados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), a partir da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), relatório obrigatório do Ministério do Trabalho e Emprego.
Diversificação da indústria paranaense
O secretário de Estado do Planejamento, Ulisses Maia, ressalta que esses números evidenciam a diversificação da produção industrial paranaense. “Nossas indústrias não estão restritas ao primeiro processamento de matérias-primas, uma vez que somos destaque também na produção de alimentos mais elaborados, como os chocolates”, afirma.
Maior remuneração média do país
A remuneração média dos trabalhadores paranaenses na indústria de chocolates e derivados do cacau é a mais alta do Brasil, atingindo R$ 4.671,68 por mês. Esse valor supera a média salarial registrada em São Paulo (R$ 4.554,92) e Bahia (R$ 4.018,92), que ocupam a segunda e terceira posições, respectivamente.
Perfil dos trabalhadores
A remuneração média no setor no Paraná varia conforme a escolaridade e a faixa etária. Trabalhadores com ensino fundamental completo recebem, em média, R$ 3.110,78, enquanto aqueles com ensino superior completo têm uma média salarial de R$ 12.648,85. O maior contingente de trabalhadores (1.306) possui ensino médio completo, com remuneração média de R$ 4.384,79. Por faixa etária, a maior remuneração média é observada entre 50 e 59 anos (R$ 7.273,02), seguida pelas faixas de 40 a 49 anos e 60 anos ou mais. Os mais jovens, entre 18 e 24 anos, recebem as menores remunerações médias. Em relação ao sexo, a distribuição dos 4.181 empregados é quase igualitária, com 50,11% homens (2.095) e 49,89% mulheres (2.086).
Exportação para 60 países
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), compilados pelo Ipardes, mostram que o chocolate paranaense foi exportado para 60 países em 2024, totalizando US$ 13,8 milhões. A Argentina foi o principal destino, comprando US$ 6,1 milhões. Os oito maiores compradores internacionais estão nas Américas, com destaque para países da América do Sul como Uruguai, Paraguai, Chile, Bolívia e Colômbia, além da Costa Rica na América Central e os Estados Unidos na América do Norte.
Potencial de mercado
De acordo com o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, os fabricantes paranaenses atuam em um mercado com grande potencial. “São produtos que geram receitas de cerca de R$ 26 bilhões por ano no País, segundo o IBGE. Temos grandes indústrias produzindo no Estado com qualidade e exportando para diversos países pelo mundo”, destacou.
Agência Notícias do Estado do Paraná
