(Foto: Larissa K. – Pixabay)
Verão começa com previsão de chuvas abaixo da média na maior parte do Brasil
Fenômeno La Niña pode influenciar clima em diferentes regiões do país
Neste sábado (21), às 6h20 (horário de Brasília), teve início o verão no Hemisfério Sul. A estação é marcada por mudanças rápidas no clima, com chuvas intensas e ventos fortes, além de temperaturas elevadas e dias mais longos devido à proximidade da Terra com o Sol.
De acordo com o Prognóstico Climático de Verão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o fenômeno La Niña terá impacto limitado nesta estação, com previsão de duração até março de 2025. A probabilidade de seus efeitos, como chuvas intensas no Norte e Nordeste e estiagens no Sul, é de 60% entre janeiro e março, diminuindo para 40% entre fevereiro e abril.
“As previsões climáticas apontam que as chuvas devem ficar abaixo da média climatológica em grande parte do país”, explica Maytê Coutinho, meteorologista do Inmet.
Distribuição regional das chuvas
A região Norte será uma exceção, com previsão de chuvas acima da média. Já no Nordeste, o acumulado entre janeiro e março deve ser menor, enquanto no Centro-Oeste e Sudeste as precipitações devem variar entre o normal e abaixo da média.
Mesmo assim, algumas áreas do Nordeste, como o noroeste da região, poderão registrar períodos de chuvas mais volumosas, alcançando valores próximos à média climatológica em determinadas localidades, segundo Maytê.
No Sul, onde os volumes de chuva já são tradicionalmente menores durante o verão, a previsão é de precipitações normais ou abaixo do normal. No extremo sul do Rio Grande do Sul, por exemplo, os volumes devem ser inferiores a 400 milímetros.
Impactos climáticos e econômicos
Maytê alerta que a regularidade das chuvas nas regiões Norte e Nordeste poderá ser afetada pelas condições atuais dos oceanos. “Águas mais quentes no Atlântico Tropical Norte e mais frias no Atlântico Tropical Sul favorecem a manutenção da Zona de Convergência Intertropical deslocada para o norte de sua posição média climatológica”, detalha.
Essas condições podem impactar setores como a agropecuária, a geração de energia em hidrelétricas e a reposição hídrica, essencial para manter os reservatórios em níveis satisfatórios. O relatório do Inmet destaca que essas alterações climáticas requerem monitoramento constante para minimizar efeitos adversos sobre a economia e o abastecimento no país.
Agência Brasil