MON recebe 77 obras de Gabriel de la Mora em nova exposição com materiais inusitados

Gabriel de la Mora

(Foto: Divulgação)

A mostra “Veemente” será inaugurada na próxima quarta-feira (8), às 19h, na Sala 1 do MON, com curadoria de Marcello Dantas. São 77 obras que exploram a estética, a evolução do artista e a diversidade de materiais inusitados, como objetos descartados, convocando o público a um novo olhar sobre o cotidiano.

O Museu Oscar Niemeyer (MON) em Curitiba se prepara para inaugurar sua mais nova exposição: “Veemente”, do renomado artista mexicano Gabriel de la Mora. A mostra será aberta ao público na próxima quarta-feira, 8 de maio, a partir das 19h, e ficará em exibição na Sala 1 do museu. Com curadoria de Marcello Dantas, a exposição apresenta um conjunto de 77 obras, incluindo instalações, telas com técnicas mistas e esculturas, a maioria produzida entre os anos 2000 e 2025.

MON apresenta ‘Veemente’ de Gabriel de la Mora

A exposição “Veemente” convida o público a mergulhar no universo de Gabriel de la Mora, um artista que se destaca por ir além dos suportes e pigmentos tradicionais. Suas obras não apenas revelam sua estética e evolução ao longo do tempo, mas também surpreendem pela diversidade e peculiaridade dos materiais utilizados. Itens inusitados e que muitas vezes consideramos descartados ou esquecidos são transformados em matéria-prima para suas criações singulares, evocando o conceito ready-made na arte contemporânea.

“A arte de Gabriel de la Mora provoca uma reflexão fundamental sobre o nosso tempo e nos convida a ressignificar o ordinário, olhar com mais atenção para o que descartamos ou esquecemos”, afirma a secretária de Estado da Cultura, Luciana Casagrande Pereira. Para ela, “É uma exposição que dialoga com temas contemporâneos e reforça o compromisso do MON em trazer ao público experiências potentes e conectadas com as discussões da arte global”.

A diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika, complementa que o artista desafia nosso olhar e percepção com suas pinturas, instalações e esculturas feitas a partir de itens inusitados. “Nada em seu intenso e extenso trabalho é óbvio. Tudo é resultante de um perspicaz olhar sobre a natureza humana, seus sentimentos e sensações”. Segundo Juliana, no processo de criação, o artista transforma objetos encontrados em singulares obras de arte que carregam mensagens sobre sustentabilidade, a passagem do tempo e o ciclo da vida, traduzidas em trabalhos repletos de beleza e movimento.

O processo criativo

O curador Marcello Dantas explica que a prática de Gabriel de la Mora envolve uma investigação profunda sobre materiais, explorando os limites físicos e conceituais de um processo de coleta e reconstrução. “À primeira vista, suas obras podem parecer abstratas, com caráter escultórico ou até minimalista. No entanto, um olhar mais atento revela que nada é o que parece ser”, comenta Dantas, convidando o espectador a observar com atenção.

Ele detalha que as obras são compostas por elementos inesperados, citando como exemplos: fios de cabelo, fragmentos de espelhos, cascas de ovos, solas de sapato, asas de borboleta e outros vestígios da vida cotidiana. O curador ressalta que a técnica do artista denota um processo quase obsessivo, que transforma a matéria-prima em novas formas, padrões e texturas. “A repetição contínua do gesto artesanal – ora restaurador, ora destrutivo – revela um método que desafia a experiência visual e sensorial do espectador”, descreve Dantas, destacando a complexidade e a profundidade da obra de Gabriel de la Mora.

Sobre o artista e o Ccurador

Gabriel de la Mora nasceu em 1968 na Cidade do México, onde atualmente vive e trabalha. Ele é formado em Arquitetura e possui mestrado em Pintura pelo Pratt Institute de Nova York. Sua prática artística se concentra no uso e reaproveitamento de objetos descartados ou obsoletos, explorando a desconstrução e fragmentação de um objeto ao longo do tempo e apostando na reconstrução a partir desses processos.

Marcello Dantas é um curador premiado com ampla atuação nacional e internacional. Seu trabalho se destaca por explorar a fronteira entre a arte e a tecnologia, produzindo exposições que proporcionam experiências de imersão. Ele atuou na concepção de diversos museus importantes no Brasil e no Exterior e realizou exposições individuais de grandes nomes da arte contemporânea mundial.

Serviço:

  • Exposição “Veemente” – Gabriel de la Mora
  • Abertura: 8 de maio, 19h
  • Local: Sala 1, Museu Oscar Niemeyer (MON)
  • Endereço: Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico – Curitiba

Com informações de Agência Notícias do Estado do Paraná

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