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Indústria em alta: decreto amplia acordo com Argentina e zera tarifa para autopeças
Assinado por Alckmin, ato facilita comércio de ônibus e caminhões e estimula inovação, com impacto direto para o polo automotivo do Paraná.
O governo federal publicou, na última terça-feira (17), um decreto que promete aquecer ainda mais a indústria automotiva do Mercosul. Assinado pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin, o ato amplia o acordo automotivo entre Brasil e Argentina. A medida tem dois efeitos principais e imediatos: facilita o acesso ao mercado entre os dois países para ônibus, vans e caminhões leves, e retoma a tarifa zero para a importação de autopeças que não são produzidas localmente.
A contrapartida: investimento em inovação
A isenção fiscal para as autopeças importadas vem com uma condição estratégica. As empresas que se beneficiarem da tarifa zero ficam obrigadas a investir 2% do valor dessas importações em pesquisa, desenvolvimento e programas de inovação industrial no Brasil. A medida visa garantir que a redução de custos para as montadoras seja convertida em avanço tecnológico para o setor, em linha com programas como o Mover (Mobilidade Verde e Inovação).

Impacto para o Paraná, um polo automotivo
A decisão tem um impacto direto e positivo para o Paraná, um dos maiores polos automotivos do País. Com grandes montadoras instaladas em nosso estado, a desoneração de peças e a facilitação do comércio com a Argentina — principal destino das exportações de veículos brasileiros — tendem a aumentar a competitividade e a produção local. “Essa é uma medida que aprimora o acordo automotivo, facilita o comércio, reduz custos e aumenta a competitividade da indústria brasileira”, afirmou Alckmin, reforçando um cenário que beneficia diretamente as fábricas e os milhares de empregos gerados no Paraná.
Fortalecendo a relação com o principal parceiro
O decreto formaliza na legislação brasileira um protocolo assinado entre Brasil e Argentina em abril deste ano. A medida é estratégica, uma vez que o setor automotivo é o principal pilar da balança comercial entre os dois países, representando metade de todo o comércio bilateral em 2024, que alcançou US$ 13,7 bilhões. Em 2025, os números continuam crescendo, mostrando a importância de aprimorar constantemente as regras para dar mais segurança jurídica e dinamismo a essa relação comercial vital.