Indústria do Paraná impulsiona crescimento nacional em fevereiro, aponta IBGE

IBGE

(Foto: Gilson Abreu)

Com alta de 2% em relação a janeiro, setor industrial paranaense registra o segundo melhor desempenho do Brasil, superando a média nacional.

A indústria do Paraná se destacou como o principal motor do crescimento industrial do Brasil em fevereiro, apresentando um aumento de 2% na comparação com janeiro, de acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, divulgada nesta terça-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este resultado coloca o estado na segunda posição entre as unidades da federação, ficando atrás apenas de Pernambuco (6,5%) e superando significativamente a média nacional, que ficou estagnada em -0,1%.

Paraná Lidera Crescimento Regional e Supera Gigantes Industriais

No cenário regional, o Paraná demonstrou forte desempenho ao superar o Rio Grande do Sul, que registrou um crescimento de 0,5%, e Santa Catarina, que apresentou uma queda de -0,6% em fevereiro. O estado também se sobressaiu em comparação com importantes polos industriais do país, como São Paulo (-0,8%), Rio de Janeiro (-0,3%) e Minas Gerais (-0,2%), todos com índices negativos no período.

Destaque Também na Comparação Anual e no Acumulado de 2025

Na comparação entre fevereiro de 2025 e o mesmo mês de 2024, a indústria paranaense mantém a segunda colocação em crescimento no Brasil, com uma alta de 5,5%. Este índice é quase quatro vezes superior à média nacional, que ficou em 1,5%. O Paraná está muito próximo de Santa Catarina (6%), que lidera este ranking, seguido pelo Pará (5,1%).

Ao analisar o acumulado de 2025, o Paraná se posiciona como o terceiro estado com o melhor desempenho industrial do país, registrando um crescimento de 3,3%, muito próximo do Rio Grande do Sul (3,5%). Santa Catarina lidera com 7,6%. A média brasileira para o mesmo período é de 1,4%.

Crescimento Consistente nos Últimos 12 Meses

Nos últimos 12 meses, a indústria do Paraná acumulou uma alta de 4,1% em comparação com o período anterior, resultado bem acima da média nacional, que foi de 2,6%. O estado ocupa a quinta posição neste indicador, atrás de Santa Catarina (7,7%), Pará (5,7%), Ceará (5,4%) e Mato Grosso (4,3%).

Setores que Impulsionaram o Crescimento

O setor de fabricação de produtos químicos foi o principal destaque da produção industrial paranaense na comparação entre fevereiro de 2024 e 2025, com um crescimento de 25,4%. Em seguida, destacam-se a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, com alta de 18,4%, e a fabricação de móveis, com 12,6%, contribuindo significativamente para o resultado de 5,5% na indústria de transformação do estado. Dos 13 segmentos industriais ativos no Paraná, nove apresentaram resultados positivos.

No acumulado de 2025, também se destacaram a fabricação de máquinas e equipamentos (14,1%), a fabricação de produtos minerais não metálicos (9,4%) e a fabricação de produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos), com 9%.

Em um período de 12 meses, a indústria de máquinas, aparelhos e materiais elétricos foi a principal responsável pela alta de 4,1% da indústria do Paraná, registrando um crescimento de 23,9%. A fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias cresceu 16,2%, e a fabricação de móveis registrou um aumento de 13,4%, a maior alta do país neste setor.

Cenário Industrial Nacional

Na passagem de janeiro para fevereiro, a indústria nacional completou o quinto mês consecutivo sem crescimento, acumulando uma perda de 1,3% desde outubro de 2024.

Segundo Bernardo Almeida, analista da pesquisa do IBGE, essa estagnação é influenciada por uma política monetária contracionista, com aumento das taxas de juros para combater a inflação. Esse cenário dificulta o acesso ao crédito, reduz investimentos e torna as decisões de produção mais cautelosas, impactando negativamente o consumo das famílias.

Sobre a Pesquisa PIM Regional

A Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional acompanha, desde a década de 1970, o comportamento das indústrias extrativas e de transformação em 17 unidades da Federação e na região Nordeste, cujas participações representam, no mínimo, 0,5% do valor da transformação industrial nacional. Os resultados completos da pesquisa estão disponíveis no Sidra, o banco de dados do IBGE.

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