Do Kart à F1: a nova geração de pilotos que coloca o Paraná na elite do automobilismo

Do Kart à F1: A Nova Geração de Pilotos que Coloca o Paraná na Elite do Automobilismo

(Foto: Jackson de Souza)

Do Kart à F1: a nova geração de pilotos que coloca o Paraná na elite do automobilismo


Com Felipe Drugovich na F1, Zezinho Muggiati na Stock Car e Guilherme Moleiro no kart, um mergulho na trajetória e nos desafios dos talentos que colocam o estado na vanguarda do automobilismo.

Paraná, um celeiro de campeões da velocidade

O Paraná se consolidou como um dos grandes celeiros de talentos do automobilismo brasileiro, produzindo uma nova e promissora geração de pilotos que se destaca em todas as etapas da carreira. Da base do kartismo nacional ao degrau mais alto do esporte a motor mundial, o estado está representado por nomes que impressionam pela técnica e pelos resultados.

Esta é a história de três desses talentos de diferentes regiões — Rolândia, Curitiba e Maringá — e dos caminhos distintos que eles trilham em busca da glória nas pistas.

O ponto de partida: a escola fundamental do Kart

Toda grande carreira no automobilismo, sem exceção, começa no kart. É nesta modalidade, acessada ainda na infância, que os pilotos aprendem os fundamentos essenciais: o traçado ideal, as técnicas de defesa e ultrapassagem, e o raciocínio rápido exigido pelas disputas roda a roda.

O desempenho no kart funciona como uma vitrine, atraindo a atenção de equipes e patrocinadores que podem definir o futuro de um jovem talento, como é o caso de Guilherme Moleiro, de 14 anos, que já acumula títulos de campeão da Copa Brasil e tricampeão paranaense.

A trajetória nacional: Zezinho Muggiati na elite da Stock Car

Representando o sucesso no cenário nacional, o curitibano Zezinho Muggiati, de 22 anos, é uma das maiores revelações da Stock Car. Sua carreira foi solidamente construída no Brasil: após colecionar títulos no kart, ele venceu a seletiva da Academia Toyota Gazoo Racing, o que lhe abriu as portas para a Stock Light.

Em 2023, foi campeão da categoria de acesso, garantindo um prêmio recorde de R$ 2,5 milhões para financiar sua estreia na elite em 2024, onde hoje compete contra ídolos como Rubens Barrichello e Felipe Massa.

Do Kart à F1: A Nova Geração de Pilotos que Coloca o Paraná na Elite do Automobilismo
(Foto: Foto: Sebastiaan Rozendaal / Dutch Photo Agency – Jackson de Souza – Rodrigo Ruiz)

A escada europeia: Felipe Drugovich às portas da Fórmula 1

O maringaense Felipe Drugovich, de 25 anos, trilhou o caminho mais cobiçado e desafiador: a escada europeia rumo à Fórmula 1. Após o kart, ele migrou para as categorias de base na Europa, conquistando títulos importantes na Eurofórmula Open e na F3 Espanhola.

Em 2022, alcançou o auge ao se tornar o primeiro brasileiro a vencer o campeonato da Fórmula 2, a principal categoria de acesso à F1. O feito o credenciou ao posto de piloto de testes e reserva da equipe Aston Martin, colocando-o na antessala da elite do automobilismo mundial.

O futuro imediato: Guilherme Moleiro, a joia de Rolândia

Embora seja o mais novo, a trajetória de Guilherme Moleiro já é impressionante. O jovem de Rolândia, que começou no motocross antes de migrar para o kart aos seis anos, vive uma rotina de sacrifícios em nome do sonho. “Ele perde aula, perde um pouco da infância.

Mas não dá pra chegar onde ele chegou sem abrir mão de algumas coisas”, conta seu pai, Paulo. Com apoio familiar e de patrocinadores, Guilherme já estreou na Fórmula Delta, mas seu plano de carreira está focado nos carros de turismo, mirando uma vaga na Academia da Stock Car.

Dois caminhos, um sonho: a escolha estratégica da carreira

As trajetórias de Zezinho Muggiati e Felipe Drugovich ilustram a encruzilhada que todo jovem piloto brasileiro enfrenta. O caminho da Fórmula 1, via Europa, exige um investimento financeiro astronômico, muitas vezes insustentável para as famílias. Zezinho fez uma escolha pragmática. “Na Europa não tinha patrocínio, teria que me manter com dinheiro da própria família.

No Brasil eu correria de graça, podendo até ganhar dinheiro”, explica. Já Drugovich, com seu talento e apoio consolidados, segue na busca pela vaga na F1, enfrentando um cenário onde fatores financeiros e políticos são, por vezes, tão importantes quanto o desempenho na pista.

Com informações de Secretaria de Estado do Esporte do Paraná


Alfredo R. Martins Jr. é jornalista e a voz principal do Jornal O Paranaense. Formado em Comunicação Social com especializações em Marketing e Gestão de Comunicação, possui mais de 17 anos de experiência na análise do cenário paranaense. Sua missão é traduzir a complexidade da política, economia e cultura do estado em informação clara, acessível e relevante para o leitor.
Alfredo R. Martins Jr.

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