(Foto: Divulgação PCPR)
Megaoperação na RMC cerca quadrilha acusada de matar PM; Líder morre em confronto
Ação em ocupação de Campo Magro cumpriu mandados contra grupo que oprimia moradores com taxas e “tribunais”, sendo responsável por pelo menos seis homicídios na região.
Uma megaoperação conjunta das polícias Civil (PCPR) e Militar (PMPR), com apoio do Corpo de Bombeiros, cercou na manhã desta sexta-feira (17) uma organização criminosa que impunha um regime de terror em uma ocupação irregular em Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba. A ação visava prender as lideranças do grupo, investigado por pelo menos seis homicídios, incluindo o de um policial militar ocorrido em março de 2024. Durante o cumprimento dos mandados, um dos líderes da facção, que também respondia por estupro de vulnerável, morreu após confrontar os policiais com uma arma de fogo.
A operação: força integrada contra o crime organizado
A ofensiva policial, deflagrada simultaneamente em Curitiba, Campo Magro e Almirante Tamandaré, foi o resultado de uma complexa investigação conjunta entre a PCPR e a PMPR. O objetivo era desarticular a cúpula da organização criminosa que, desde 2021, controlava a ocupação em Campo Magro com mão de ferro. Foram cumpridos mandados de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão, um deles em área de mata com o apoio do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST) do Corpo de Bombeiros.
O “reino do terror”: extorsão, “tribunais” e assassinatos
As investigações revelaram que a facção oprimia os moradores da ocupação, obrigando-os a pagar taxas para permanecer no local sob pena de expulsão. O grupo também havia instituído “tribunais do crime”, realizando julgamentos paralelos sobre conflitos na comunidade. A violência era a marca registrada: entre 2023 e 2024, a organização é apontada como responsável por, no mínimo, seis homicídios em Curitiba, Almirante Tamandaré e Campo Magro, eliminando desafetos e rivais na disputa por território.
A resposta à morte do policial militar
Um dos crimes de maior repercussão atribuídos ao grupo foi o homicídio de um policial militar, ocorrido dentro da ocupação no final de março de 2024. A morte do agente intensificou as investigações conjuntas da PCPR e PMPR, que culminaram na identificação das lideranças e na operação desta sexta-feira. A ação representa uma resposta direta e contundente do Estado à afronta sofrida pelas forças de segurança.
O confronto e a morte de um líder
Durante o cumprimento de um dos mandados em Campo Magro, um dos alvos da operação, identificado como um dos líderes da organização criminosa, reagiu à abordagem policial. Segundo o delegado Guilherme Eduardo Donde, o homem, que também respondia a uma ação penal por estupro de vulnerável, investiu contra a equipe com uma arma de fogo e acabou sendo neutralizado (morto) no confronto.
O balanço da operação: presos, foragido e material apreendido
Dos alvos com mandado de prisão preventiva, dois já se encontravam presos por outros crimes e tiveram as novas ordens judiciais cumpridas no sistema penitenciário. Um terceiro membro da liderança não foi localizado e é considerado foragido pela polícia. Durante as buscas, foram apreendidos diversos aparelhos eletrônicos (celulares, tablets, notebooks), que agora serão periciados em busca de mais provas sobre a atuação da quadrilha e a identificação de outros integrantes.
A continuidade das investigações
Com a desarticulação da cúpula, a Polícia Civil reforça que o trabalho continua. O material apreendido será analisado para aprofundar as investigações sobre os homicídios, o tráfico de drogas e a extorsão praticados pelo grupo. A PCPR reitera que o combate aos crimes violentos é prioridade e pede a colaboração da população com informações que possam levar à captura do foragido e à elucidação completa dos crimes, por meio dos canais anônimos 197 e 181.

Com informações de Agência de Notícias da Polícia Civil do Paraná
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