(Foto: Valdir Amaral)
Na Alep, governo detalha a “batalha” do Paraná contra a intoxicação por metanol
Em audiência pública, secretário de Saúde detalha ações de combate à intoxicação, que já tem 4 casos confirmados; Polícia Científica reforça capacidade de análise e deputados debatem novas leis.
Pressionado pela crescente crise de saúde pública, o Governo do Estado apresentou, nesta quarta-feira (15), na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), um panorama completo das ações de enfrentamento à intoxicação por metanol. Durante uma audiência pública, o secretário de Saúde em exercício, César Neves, detalhou a estratégia adotada desde o primeiro alerta e confirmou que o estado já registra quatro casos confirmados e, agora, a primeira morte sob investigação. O encontro, proposto pela Comissão de Indústria e Comércio, marcou a primeira grande “prestação de contas” do Executivo ao Legislativo sobre o tema.
O raio-x da crise: 4 casos confirmados e a 1ª morte suspeita
A Sesa atualizou os números da crise no estado. Todos os quatro casos confirmados até o momento são de homens residentes em Curitiba, dos quais dois já receberam alta e dois seguem internados. O dado mais grave, no entanto, é a notificação da primeira morte sob investigação no Paraná. Trata-se de um homem de 59 anos, de Foz do Iguaçu, que deu entrada em uma UPA na terça-feira (14) com histórico de ingestão de bebida alcoólica e faleceu no pronto atendimento. Amostras foram coletadas para análise.
A resposta do executivo: “fomos acompanhando a evolução”
Em sua explanação aos deputados, o secretário em exercício César Neves defendeu a atuação do governo. Ele relatou que, desde o primeiro alerta de São Paulo, a Sesa criou um comitê de crise, mapeou o estoque de antídotos e negociou com o Ministério da Saúde um fluxo mais ágil para o envio do medicamento. “Sugerimos que o antídoto fosse enviado a partir da comprovação clínica da ingestão de bebida, o que contribuiu para que o medicamento chegasse mais rápido ao estado”, disse Neves.
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A ciência como aliada: o papel da polícia científica
Um ponto central da estratégia do governo é a parceria com a Polícia Científica do Paraná, responsável por realizar os exames laboratoriais que confirmam a intoxicação. O chefe do Laboratório de Toxicologia Forense, Jefté Teixeira da Silva, garantiu aos parlamentares a capacidade e a precisão da análise. “As amostras suspeitas são enviadas ao laboratório e buscamos a resposta o mais breve possível”, relatou. Ele destacou que o laboratório é referência nacional, com selos de qualidade do Inmetro, o que confere total confiabilidade aos diagnósticos.
O papel do legislativo: fiscalização e novas leis a caminho
A audiência, proposta pelo deputado Luiz Fernando Guerra (União), cumpriu o papel do Legislativo de fiscalizar o Executivo em um momento de crise. O encontro reuniu representantes da indústria de bebidas, do comércio e de universidades para debater a raiz do problema. A discussão servirá de base para a tramitação de pelo menos seis projetos de lei que já estão na Casa, propondo desde a inutilização obrigatória de garrafas até a aplicação de multas milionárias a estabelecimentos que venderem produtos falsificados.

Com informações de Agência de Notícias do Governo do Paraná
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