(Foto: Guilherme Danelhuk)
Um museu sem paredes: o projeto que levou o acervo do MAC para as ruas do interior do Paraná
Com painéis gigantes e oficinas de lambe-lambe, “Museu nas Ruas” democratizou o acesso à arte contemporânea e fortaleceu a identidade cultural no interior e no litoral do estado.
O que acontece quando um museu decide derrubar suas paredes e levar seu acervo para a rua? A resposta foi dada pelo projeto “Museu nas Ruas”, que entre junho e julho de 2025 transformou praças, escolas e fachadas de seis cidades do Paraná em uma grande galeria de arte a céu aberto.
A iniciativa, que percorreu Jacarezinho, Guaratuba, Matinhos, Palmeira, Rio Negro e Santo Antônio da Platina, levou reproduções em grande formato de obras do Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC-PR) diretamente para o cotidiano da população, em um poderoso exercício de democratização da cultura.
Tirando a arte dos muros do museu
O projeto apresentou ao público seis obras do acervo do MAC-PR, reproduzidas em painéis de 20 metros quadrados instalados em locais de grande circulação. Cada painel contava com um QR Code que direcionava para vídeos sobre os artistas e seus processos criativos. O objetivo foi quebrar a barreira física e simbólica que muitas vezes afasta o público dos museus, permitindo um encontro inesperado e acessível com a arte contemporânea.
Uma curadoria que dialoga com cada cidade
A escolha das obras não foi aleatória. Uma equipe de três curadores selecionou artistas cujas narrativas conversassem com a identidade de cada município. Rio Negro, por exemplo, recebeu as bandeiras de resistência do artista indígena Gustavo Caboco. Guaratuba exibiu os retratos sensíveis que a fotógrafa Isabel Liviski fez da icônica artista popular Efigênia Rolim. Já Santo Antônio da Platina foi contemplada com a instalação fotográfica sobre memória afetiva de Marta Penner, criando uma conexão única entre a obra e o local.
A nova geração bota a mão na massa com o lambe-lambe
O “Museu nas Ruas” não se limitou a expor. Em cada uma das seis cidades, o projeto promoveu oficinas gratuitas de lambe-lambe em escolas públicas. Ministradas pela artista visual Bruna Alcântara, as oficinas ensinaram a técnica da colagem urbana a jovens e professores, que criaram seus próprios cartazes e os espalharam pelos muros das cidades. A ação transformou os estudantes de meros espectadores em produtores de arte, deixando um legado criativo por onde passou.
Um legado de pertença e acesso à cultura
Com um público estimado em mais de 4 mil pessoas, o projeto se consolidou como um sucesso de descentralização cultural. “O projeto é uma forma de devolver à população o direito de conviver com a arte contemporânea, valorizando artistas paranaenses e convidando o público a ser parte da narrativa”, afirma o curador Bernardo Bravo.
A iniciativa, que gerou vídeos e um documentário, reforça o compromisso de levar a produção artística de excelência para além da capital, fortalecendo o sentimento de pertencimento em todo o estado.

Com informações de Assessoria de Imprensa
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